“…No entanto, provavelmente, este é ainda o Bioma menos estudado e um dos que têm sofrido maior degradação, pelo uso desordenado e predatório, nos últimos 400 anos (ARAÚJO, 2007).Em vista ao desconhecimento sobre a dinâmica dos ecossistemas e da vegetação da Caatinga, há muitos séculos vem ocorrendo uma sistemática devastação decorrente da ação antrópica nas áreas da pecuária extensiva, agricultura, e retirada de lenha e madeira, por exemplo (ARAUJO et al, 2012). Este tipo de exploração em um ambiente pouco conhecido e complexo poderá conduzir a um processo irreversível de degradação (SANTANA; SOUTO, 2006) como a desertificação.Microrregiões como as do Curimataú, que estão entre as mais áridas do Estado da Paraíba, foram identificadas como núcleos com tendência ao processo de desertificação Neves e Carvalho (2005), um destacado representante das potencialidades desta região, pois está inserido na cultura do sertanejo, significando para este uma planta sagrada.De acordo com Lopes et al (2009), a espécie possui mais de um mecanismo de dormência, como, por exemplo a mecânica e a da maturação do embrião; bem como mais de um tipo de dispersão na natureza, sendo a mais comum, como afirmam Cavalcanti, Resende e Brito (2003), a realizada por diversos animais da fauna da Caatinga que se alimentam dos frutos, tendo na dispersão hidrocórica em riachos temporários uma grande relevância também. Além disso, apresenta uma regeneração baixa, devido à ausência ou à insuficiência de plantas jovens em seu ambiente natural, cuja causa tem sido atribuída à dificuldade de germinação das sementes, ao desmatamento ilegal, à utilização de sua madeira para carvoarias, e ao ataque de pragas nas sementes e no caule (CAVALCANTI; RESENDE; BRITO, 2003).…”