Alguns destes autores demonstraram em estudos histopatòlógicos, graus variáveis de destruição neuronal em vários níveis do sistema nervoso central. Ulteriormente, pesquisas clínicas baseadas nas alterações morfológicas encontradas, caracterizaram através de testes funcionais, perturbações da homeostase em geral, tais como as disfunções da sudação, da potassemia, da iodoproteinemia, do Cortisol plasmático, das provas de tolerância a glicose. Entretanto, tais funções são mantidas por contingentes neuronals integrantes de centros nervosos específicos, particularmente localizados ou relacionados intimamente com a região hipotalâmica. Qual seria a resposta a um estímulo agindo sobre um encéfalo chagásico, que envolvesse em sua elaboração, não apenas grupamentos neuronals nucleares, mas grandes contingentes de células nervosas, como no caso das epilepsias? Eis aqui a razão para esta pesquisa. Este trabalho pretende comparar dois grupos de epilépticos, um dos quais com doença de Chagas crônica. Não desejamos estabelecer relação casual entre a doença e a síndrome epiléptica, sendo nosso objetivo verificar, se pelo fato da doença de Chagas comprometer efetivamente o sistema nervoso central, as manifestações epilépticas, a semiologia neurológica e a resposta terapêutica, serão diferentes num e noutro grupo.