Abstract:RESUMO -Avaliou-se a substituição do milho pelo triticale em dietas para tilápias-do-nilo. Os peixes foram submetidos ao teste de desempenho em sistema de aquários (50 L) com temperatura controlada e recirculação da água. Alevinos de 1,7 ± 0,08 g foram estocados em 30 aquários, em delineamento inteiramente casualizado, com cinco níveis de substituição (0,0; 25,0; 50,0; 75,0 e 100,0%) do milho por triticale e seis repetições. As características zootécnicas avaliadas foram: sobrevivência, ganho de peso, conversã… Show more
“…Simões et al (2007) concluíram que filés de tilápia apresentam cerca de 19% de proteínas, 2,60% de lipídios e 1,09% de cinzas. Estes resultados diferem dos dados encontrados no atual experimento, porém, vale ressaltar que a composição centesimal A substituição de alimentos, como a de milho por triticale (Tachibana et al 2010) e de milho por farinha de manga (Melo et al 2012), ambas para a tilápia do Nilo, já foi estudada. Contudo, a substituição do milho orgânico pelo farelo de trigo orgânico pode representar certa vantagem econômica, em determinadas épocas do ano, sem causar prejuízos econômicos e zootécnicos.…”
INTRODUÇÃOA criação de tilápias tem alcançado os mais altos índices de crescimento em águas continentais brasileiras e, embora existam diversas outras espécies com potencial para aquicultura (Godinho 2007), o grupo das tilápias chegou a alcançar mais de 155 mil toneladas, o que representa valores acima de 39% da produção brasileira (Brasil 2012).Tal fato é decorrente da capacidade que a espécie possui para se adaptar aos mais diversos lo-
ABSTRACT RESUMOcais de cultivo e ao pacote tecnológico previamente estabelecido e da grande quantidade de ingredientes alimentares que esse peixe consegue utilizar em sua dieta, aproveitando muito bem alimentos de origem vegetal e animal. Por isto, diversos ingredientes alternativos são utilizados na ração (Boscolo et al. 2002, Neu et al. 2012, com a finalidade de reduzir custos e determinar um crescimento satisfatório, similar ao obtido com alimentos convencionais. Os alimentos orgânicos se distinguem dos demais por possuírem apelo agroecológico, pois são 1. Trabalho recebido em abr./2012 e aceito para publicação em nov./2012 (n° registro: PAT 18171).
“…Simões et al (2007) concluíram que filés de tilápia apresentam cerca de 19% de proteínas, 2,60% de lipídios e 1,09% de cinzas. Estes resultados diferem dos dados encontrados no atual experimento, porém, vale ressaltar que a composição centesimal A substituição de alimentos, como a de milho por triticale (Tachibana et al 2010) e de milho por farinha de manga (Melo et al 2012), ambas para a tilápia do Nilo, já foi estudada. Contudo, a substituição do milho orgânico pelo farelo de trigo orgânico pode representar certa vantagem econômica, em determinadas épocas do ano, sem causar prejuízos econômicos e zootécnicos.…”
INTRODUÇÃOA criação de tilápias tem alcançado os mais altos índices de crescimento em águas continentais brasileiras e, embora existam diversas outras espécies com potencial para aquicultura (Godinho 2007), o grupo das tilápias chegou a alcançar mais de 155 mil toneladas, o que representa valores acima de 39% da produção brasileira (Brasil 2012).Tal fato é decorrente da capacidade que a espécie possui para se adaptar aos mais diversos lo-
ABSTRACT RESUMOcais de cultivo e ao pacote tecnológico previamente estabelecido e da grande quantidade de ingredientes alimentares que esse peixe consegue utilizar em sua dieta, aproveitando muito bem alimentos de origem vegetal e animal. Por isto, diversos ingredientes alternativos são utilizados na ração (Boscolo et al. 2002, Neu et al. 2012, com a finalidade de reduzir custos e determinar um crescimento satisfatório, similar ao obtido com alimentos convencionais. Os alimentos orgânicos se distinguem dos demais por possuírem apelo agroecológico, pois são 1. Trabalho recebido em abr./2012 e aceito para publicação em nov./2012 (n° registro: PAT 18171).
“…Similar ao estudo de Sena et al (2012), a inclusão de até 20% (100% de substituição) de farelo de algaroba, não influenciou o desempenho zootécnico da tilápia do Nilo. A substituição total do milho, sem prejuízos ao desempenho zootécnico, também já foi registrada com o uso da farinha de varredura de mandioca (Boscolo et al, 2002), do triticale (Tachibana et al, 2010) e da farinha de manga (Melo et al, 2012) em dietas para a tilápia do Nilo. Por outro lado, juvenis de tilápia do Nilo apresentaram redução no crescimento e eficiência alimentar quando mais de 30% do milho da dieta foi substituído por sementes de cevada (Belal, 1999).…”
Section: Resultsunclassified
“…Consequentemente, a concentração de fatores antinutricionais na dieta foi minorada, o que possivelmente minimizou os efeitos destes sobre o desempenho e aproveitamento dos nutrientes pelos peixes. Acredita-se que, em fases de criação com menor exigência proteica e maior inclusão de ingredientes energéticos nas dietas, como a fase de terminação, os efeitos negativos dos fatores antinutricionais na produção de peixes possam ser mais pronunciados (Tachibana et al, 2010).…”
Section: Resultsunclassified
“…Entretanto, não foi registrada diferença (P > 0,05) na sobrevivência entre os tratamentos com inclusão de farelo de algaroba. Resultado similar foi registrado por Tachibana et al (2010) em tilápias do Nilo, quando substituíram 100% do milho dietético por triticale. Estes autores afirmam que a presença de fatores antinutricionais presentes em pequenas quantidades na dieta teriam estimulado o sistema imunológico dos peixes.…”
Section: Resultsunclassified
“…No Brasil, a sua produção está concentrada nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, onerando a aquisição deste insumo nas outras regiões pelo custo adicional com transporte (Helfand & Rezende, 1998). Assim, a busca pela utilização de alimentos sucedâneos regionais -como a semente de cevada (Belal, 1999), da farinha de varredura da mandioca (Boscolo et al, 2002), do farelo de manga (Melo et al, 2012) e do triticale (Tachibana et al, 2010) -tem sido constante, demonstrando a viabilidade de reduzir a utilização do milho em dietas para tilápias, em função do ingrediente avaliado.…”
RESUMOO objetivo deste trabalho foi avaliar o farelo de algaroba como substituto do milho em dietas para juvenis de tilápia do Nilo. Foram formuladas quatro dietas experimentais isoproteicas (34% proteína bruta) e isocalóricas (3.150 kcal kg -1 energia digestível) correspondente aos níveis de substituição (0, 33, 66 e 100%) do milho pelo farelo de algaroba. Duzentos e quarenta juvenis de tilápia (1,55 ± 0,02 g) foram alojados em caixas circulares (20 peixes por caixa de 310 L), em um delineamento experimental inteiramente casualizado (n = 3). Os peixes foram alimentados até a aparente saciedade em três refeições diárias (8:30, 12:30 e 16:30 h) durante 70 dias. Devido à baixa temperatura da água (23,8 ± 1,2 °C), registrou-se baixo crescimento e eficiência alimentar dos peixes no experimento. O ganho de peso, o consumo alimentar, a eficiência alimentar, a taxa de crescimento específico e a composição química corporal dos juvenis de tilápia foram similares (P > 0,05) em todos os tratamentos. A sobrevivência aumentou linearmente (P < 0,05) com a inclusão do farelo de algaroba na ração. O farelo de algaroba pode substituir totalmente o milho na dieta de juvenis de tilápia do Nilo durante períodos de baixa temperatura da água.
Palavras-chave: ingredientes alternativos, nutrição de peixes, piscicultura
Replacing corn by mesquite meal (Prosopis juliflora) in diets for juvenile Nile tilapia reared in low temperature
ABSTRACTThe objective of this study was evaluating mesquite meal as a substitute for corn in diets for Nile tilapia juveniles. Four isoproteic (34% crude protein) and isocaloric (3,150 kcal kg -1 digestible energy) diets were formulated corresponding to replacement levels (0, 33, 66 and 100%) of corn by mesquite meal. Two hundred and forty tilapia juveniles (1.55 ± 0.02 g) were housed in circular tanks (20 fish per tank of 310 L) in a completely randomized experimental design (n = 3). Fish were fed to apparent satiation three meal per day (8:30 a.m., 12:30 p.m. and 4:30 p.m.) for 70 days. Because low water temperature (23.8 ± 1.2 °C), was registered low growth and feed efficiency of fish at experiment. Tilapia juveniles weight gain, feed intake, specific growth rate and body composition were similar (P > 0.05) in all treatments. Survival increased linearly (P < 0.05) with increasing whole mesquite meal levels in diets. Mesquite meal can completely replace corn in Nile tilapia juvenile diets during periods of low water temperature.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.