“…A segunda noção basal nessa proposta, a de delicadeza, é uma palavra que, por vezes, é retratada, sobretudo no campo da ciência psicológica, para recobrir uma série de experiências, fenômenos e relações que se apresentam ora como frágeis, ora como especiais, demandando do interlocutor um olhar, uma observação ou um contato que respeite uma condição de especificidade ou de vulnerabilidade. Falamos de delicadezas ao abordarmos assuntos considerados complexos e de difícil manejo, como no contexto da violência sexual (Lordello & Costa, 2017) ou de jovens em situação de rua (Lima & Morais, 2019). Falamos da delicadeza ao nos comunicarmos, por exemplo, com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade (Rossetti-Ferreira et al, 2010).…”