Resumo: Ao reexaminar os célebres ensaios de interpretação de Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr. e Gilberto Freyre, publicados originalmente entre os anos 1930 e meados da década de 1940, o artigo explora suas afinidades em torno de dois aspectos conexos: de um lado, as conotações que, implícita ou explicitamente, a categoria tempo assume em suas cogitações acerca da vida social brasileira; e, de outro, as maneiras pelas quais tais acepções prefiguram os horizontes de imaginação dos intérpretes a propósito do estatuto e da condição do Brasil na cena moderna. Ao final, discorro sobre as simetrias entre essas representações do país, alusivas a uma temporalidade apenas em parte sincronizada à cadência moderna, e certo imaginário social e político da modernidade.