O objetivo deste artigo é explorar o potencial de melhoria dos direitos trabalhistas dentro de cadeias de valor sustentáveis. Uma preocupação central é como aprimorar as lentes conceituais que usamos para analisar a posição e o papel do trabalho nas cadeias. A questão fundamental que serve de ponto de partida em relação à sustentabilidade é, portanto, se a “lógica” dos dirigentes das cadeias (por exemplo, das firmas líderes, compradores, financiadores e coordenadores de logística) podem ser compatíveis com a “lógica” daqueles que fornecem e ajudam a construir o produto. A construção de uma metodologia para este tipo de estudo deve envolver uma série de observações empíricas e debates conceituais relacionados às cadeias globais de valor (CGV) – isto é, processos físicos de produção que ligam países, mas também processos que incorporam mensagens (“lógicas”) que são transmitidas através do espaço. A questão é sobre como descrevemos e conceitualizamos a gestão, a evolução e a legitimidade da(s) mensagem(ns) imersas nestas cadeias.