Sou Aquela Mulher do Canto Esquerdo do Quadro

Abstract

À minha mãe, Edna, minha tia Lourdes e minha tia Vanda (em memória) e ao Murilo; Ao meu orientador, Fernando Cury de Tacca, e à Prof. a Maria de Fátima Morethy, ambos foram essenciais para a pesquisa; À Rían Lozano, que me acolheu com saberes encarnados na Unam/México e possibilitou interlocução sobre e com feminismos; À todas as pessoas que estiveram nos processos das publicações, das exposições Arquivo 17 e Cartas a ella. Brasileiros, argentinos, uruguaios e mexicanos se cruzam nessas páginas:

Anarquismo: produção historiográfica, inflexões teórico-metodológicas e novas abordagens

“…Nomes de operárias pouco conhecidas, como Maria Soares, Isabel Cerutti, Teresa Escolar, deixaram de ser adjacentes e passaram a ser pensados como centrais na luta anarquista de início do século XX 65. E se pensarmos a produção do conhecimento histórico de modo deleuziano, feita por agenciamentos múltiplos, menos explicativa-interpretativa e mais sensorial e rizomática em suas possibilidades de enunciação, o trabalho experimental de Fernanda Grigolin, resultado de seu doutoramento em Artes Visuais na Unicamp, destaca-se como inovador nesse novo cenário de a昀椀rmação da luta feminina, operária e anarquista, e de distanciamento das formas mais engessadas da produção acadêmica: nesse sentido, um trabalho eminentemente anarquista 66. Além das questões de gênero, com sua trilha pioneira já aberta pela historiogra昀椀adoanarquismo desde os anos 1980, neste novo século a global turn e os estudos Pouco após a publicação de Anderson, foi Davide Turcato que propôs uma explicação transnacional para o modelo de organização histórico do anarquismo italiano.…”