2003
DOI: 10.1590/s0103-65642003000300006
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Sofrimentos Sociais em Debate

Abstract: Este texto analisa algumas dimensões do sofrimento social (humilhação, vergonha, falta de reconhecimento) vividas por adolescentes de categorias subalternizadas e os efeitos gerados nos contextos comunitário, grupal e social. A hipótese desenvolvida é a de que o sofrimento social não tem visibilidade: ele se inscreve no interior das subjetividades sem, no entanto, ser compartilhado coletivamente. Na última parte do texto são analisadas possíveis formas de intervenção junto a instituições e a organizações, obje… Show more

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“…A cidade é produtora de subjetividades, sonhos e temores. Sendo assim, aqueles que não estão nas pautas centrais da cidade vivem o "peso social" de serem reconhecidos como sujeito da falta e experimentam o sofrimento social, o qual deixa marcas psíquicas, com pouca visibilidade social (CARRETEIRO 2003), como o caso dos moradores da Vila da Paz, que lutam em seus movimentos de resistências, mas ainda assim, tem seus movimentos (in) visibilizados.…”
Section: )unclassified
“…A cidade é produtora de subjetividades, sonhos e temores. Sendo assim, aqueles que não estão nas pautas centrais da cidade vivem o "peso social" de serem reconhecidos como sujeito da falta e experimentam o sofrimento social, o qual deixa marcas psíquicas, com pouca visibilidade social (CARRETEIRO 2003), como o caso dos moradores da Vila da Paz, que lutam em seus movimentos de resistências, mas ainda assim, tem seus movimentos (in) visibilizados.…”
Section: )unclassified
“…Para Carreteiro (2010, p. 19 A partir dos sentidos sociais produzidos por atitudes de afronta à lei, o adolescente é reconhecido socialmente, ainda que de forma subversiva. Carreteiro (2003) afirma que o reconhecimento social positivo é portador de narcisismo. Para a autora, como a trama social em que os adolescentes estão inseridos não foi capaz de os investir narcisicamente, são produzidas marcas no psiquismo individual e social, gerando um déficit narcísico.…”
Section: Parecia Uma Vida Fácilunclassified
“…Como decorrência disso, o porte de arma de fogo e seu fácil acesso aparecem como elemento que os seduz a ingressar na criminalidade. A arma tem uma relação proporcional com o prestígio social: quanto mais poderosa ela for, mais reconhecimento se tem nesse meio (Carreteiro, 2003). Expectativas de melhorar seu status social e econômico, consumir drogas, ter mais amigos, conquistar mulheres por meio dos atos infracionais e não serem punidos por seus atos foram assinaladas como aspectos importantes na decisão de ingressar na trajetória infracional: Começar a cometer atos infracionais sem ser responsabilizado passa a reforçar neles a ideia de que podem continuar infringindo a lei e permanecer impunes.…”
Section: Parecia Uma Vida Fácilunclassified
“…Em sua análise, Carreteiro (2003) destaca dois modos mais frequentes de lidar com a vergonha: Relata a autora:…”
Section: (In)conclusõesunclassified