“…Nessa perspectiva, considera-se que as novas configurações sociais, culturais, políticas e econômicas incluem novos vínculos que compelem o sujeito à adequação aos mandatos e exigências do trabalho, o que gera sofrimento patogênico. Dessa forma, pesquisas atuais revelam (Duarte, 2014;Gama, Mendes, Araújo, Galvão, & Vieira, 2016;Gómez, 2017) que o cenário atual no contexto do trabalho se mostra perverso, permeado por uma lógica de competição (Saraiv & Mendes, 2014) e insegurança que desencadeia diversas manifestações relacionadas a essa conjuntura, como depressão e distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT) (Rocha, Mendes, & Morrone, 2012), suicídios e ideações suicidas (Dejours, 2008), situações de violência psicológica, física e simbólica (Gómez, 2017;Machado & Kieling, 2018;Silva, Ribeiro, & Machado, 2018), assim como de assédio moral e sexual. O cenário exige uma formação profissional que consiga dar conta dessas manifestações de sofrimento que considerem o mundo do trabalho.…”