Este artigo elabora uma proposta de fundamentação teórica para o design de livros que contemple sua dimensão semântica na prática contemporânea. Primeiro, estabelecemos uma crítica ao paradigma da neutralidade da configuração, uma abordagem ainda hegemônica atualmente. Para isso, apresentamos uma análise das escolhas tipográficas utilizadas pelo movimento da Arte Conceitual. Em seguida, evidenciamos como a materialidade da configuração contribui para a semântica dos livros, por meio da escrita diagramática, que trata os modos específicos pelos quais a informação se apresenta. Portanto, ao interpretarmos algo, considerar a forma como algo se expressa é inovador o ponto inicial de qualquer abordagem. Nossa contribuição auxilia na proposição de outro paradigma teórico para o design de livros, capaz de contemplar sua complexidade na contemporaneidade.Palavras-chave: design de livros; semântica; escrita diagramática. This paper proposes a theoretical foundation for book design that contemplates its semantic dimension in contemporary practice. First, we establish a critique of neutrality paradigm, an approach that is still hegemonic today. For this, we present an analysis of the typographic choices employed by the Conceptual Art movement. Next, we show how the materiality of the configuration contributes to the semantics of books, through diagrammatic writing, which deals with the specific ways in which information is presented. Therefore, when we argue that when we interpret something, the way something is expressed is the starting point of any approach. Our contribution helps to propose another theoretical paradigm for book design, capable of contemplating its complexity today.