2018
DOI: 10.5902/2236583428449
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Situações de violência obstétrica vivenciadas por mulheres em processo de abortamento

Abstract: Objetivo: Conhecer situações de violência sofrida por mulheres em abortamento. Método: Pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, realizada em maternidades públicas de Juazeiro-BA e Petrolina-PE. Utilizou-se a entrevista semiestruturada e análise do conteúdo temático para análise dos dados. Resultados: Identificou-se que as principais situações de violência obstétrica sofrida pelas mulheres foram decorrentes de entraves na comunicação: injurias verbais e omissão de esclarecimentos sobre sua condição de s… Show more

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“…(20)(21)(22) Convém salientar que, a violência obstétrica é também um fenômeno social preocupante e acaba por ser majorada quando as mulheres vivenciam o abortamento, muitas vezes manifestada através de questionamentos desnecessários por parte da equipe de saúde, com tratamento focado puramente no procedimento, com repreensão e julgamentos, falta de apoio psicológico além das questões organizacionais e estruturais como falta de insumos ou leitos adequados e número de equipe desproporcional para prestar uma assistência mais adequada. (7) Verifica-se ainda práticas relacionadas à demora e/ou negação do atendimento às mulheres que abortaram com a intenção de descobrir as causas, se foi intencional ou não; além do mais, nota-se a presença de ameaças, intimidação, realização de procedimentos invasivos sem o consentimento da mulher, na maioria das vezes sem anestesia. (23) Pesquisa realizada em uma instituição de referência ao aborto evidenciou a presença de práticas de violência obstétrica institucional, psicológica, por princípios religiosos e por negligência; sendo a última intimamente relacionada a questões que envolvam valores individuais e julgamentos morais dos profissionais de saúde, sendo manifestados por atos de recriminação e desrespeito por parte dos mesmos.…”
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“…(20)(21)(22) Convém salientar que, a violência obstétrica é também um fenômeno social preocupante e acaba por ser majorada quando as mulheres vivenciam o abortamento, muitas vezes manifestada através de questionamentos desnecessários por parte da equipe de saúde, com tratamento focado puramente no procedimento, com repreensão e julgamentos, falta de apoio psicológico além das questões organizacionais e estruturais como falta de insumos ou leitos adequados e número de equipe desproporcional para prestar uma assistência mais adequada. (7) Verifica-se ainda práticas relacionadas à demora e/ou negação do atendimento às mulheres que abortaram com a intenção de descobrir as causas, se foi intencional ou não; além do mais, nota-se a presença de ameaças, intimidação, realização de procedimentos invasivos sem o consentimento da mulher, na maioria das vezes sem anestesia. (23) Pesquisa realizada em uma instituição de referência ao aborto evidenciou a presença de práticas de violência obstétrica institucional, psicológica, por princípios religiosos e por negligência; sendo a última intimamente relacionada a questões que envolvam valores individuais e julgamentos morais dos profissionais de saúde, sendo manifestados por atos de recriminação e desrespeito por parte dos mesmos.…”
Section: Discussionunclassified
“…(6) Evidencia-se que, as mulheres em processo de abortamento sofrem maus tratos em instituições públicas e privadas de saúde com certa frequência, caracterizando um aumento exponencial da violência obstétrica com sequelas e morte, tendo a necessidade de intervenção com brevidade. (7)(8) Pesquisas brasileiras revelam que 25 % das mulheres sofreram algum tipo de violência durante o trabalho de parto, parto, puerpério ou aborto, sendo alguns destes atos ou ações naturalizados pelas próprias mulheres, em decorrência da ausência de conhecimento adequado sobre o fenômeno. (9) Outro estudo apontou alto percentual de maternidades que realizam intervenções desnecessárias, caracterizadas por: 63,5 % de uso de cáteter venoso, 4,3 % de uso de drogas uterotônicas e 86,3 % de manutenção da posição de litotomia, práticas nitidamente enquadradas em violência obstétrica e que acontecem nos casos de abortamento.…”
Section: Introductionunclassified
“…A violência obstétrica apresenta-se em diversos contextos, sendo considerada um grande problema de saúde pública, visto os prejuízos emocionais, sociais e físicos que envolvem. Em todo mundo parturientes, puérperas e gestantes sofrem este tipo de violência, que envolve não apenas as questões relacionadas ao parto, mas também outros processos, como o aborto, pré-natal e puerpério (PEDROSA et al, 2017).…”
Section: Introductionunclassified