Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), o objetivo do texto é analisar a evolução das ocupações agrícolas e não agrícolas no Estado de São Paulo no período 2004-2014. Especial ênfase será dada para a queda continua das ocupações na agropecuária, a importância das atividades não agrícolas para a ocupação da população rural, a urbanização e a masculinização da população economicamente ativa (PEA) ocupada nas atividades agrícolas, e o predomínio das relações de trabalho assalariado como características marcantes do mercado de trabalho agrícola no período em questão. Entre os principais resultados aponta-se que, no período 2004-2014, a PEA agrícola ocupada sofreu redução de 328 mil pessoas e deste total, 187 mil (ou 57,1%) eram empregados. Em 2014, as mulheres representavam apenas 23,6% da força de trabalho na agricultura paulista, 65,1% da PEA rural (cerca de 502 mil pessoas) estava ocupada em atividades não agrícolas, e 61,7% da PEA agrícola residia em áreas consideradas urbanas.