Sistema Para Geraçãoautomática De Requisição De Compras E Controle De Atas De Registro De Preços: Um Estudo De Caso No Setor Elétrico

Abstract

<strong>Neste artigo, foram utilizadas técnicas de gerência de materiais no planejamento de ressuprimento de materiais no almoxarifado de uma empresa do setor elétrico, cujo processo de aquisição se dá aos moldes de compras públicas. Este estudo objetivou analisar e propor melhorias ao processo de ressuprimento de materiais, de modo que a empresa tivesse suas solicitações atendidas com redução de capital imobilizado em estoques e aumento da eficiência em seus processos de aquisição de materiais. Para tanto, utilizou-se de uma análise do histórico de Requisições de Compras (RC), Atas de Registro de Preço (ARP) e Documentos Formais de Compras (DFC) que serviram de base para a coleta de dados. A partir desses dados, juntamente com o mapeamento do processo de compras, foram sugeridas alterações na forma de inclusão de novos dados no ERP (Enterprise Resource Planning) da empresa, além de definições de famílias de materiais e a criação de ferramentas para geração de sugestões de RC e controle de ARP. Além disso, foi sugerido outro modelo de reposição de estoques para a empresa. A fim de verificar a eficácia do sistema proposto, foi apresentada uma avaliação comparativa entre a situação atual de alguns itens existentes nos estoques e um contexto potencial, obtido com a implementação das melhorias propostas nesta pesquisa. Como resultado, concluiu-se que o sistema proposto apresentaria vantagens significavas em relação ao sistema atual da empresa que considera outras possíveis formas de aquisição contempladas na administração pública.</strong>

Logística Empresarial: pesquisas e práticas no Estado do Pará

“…A gestão dos estoques, em geral, representa um conjunto de decisões de ressuprimento de uma grande variedade de itens, o que torna complexa a rotina dessas decisões. Para a gestão eficiente, faz-se opção pela classificação dos itens em segmentos, de modo que cada segmento seja tratado de forma específica, de acordo com suas características, e neste contexto, a Classificação ABC é umas das técnicas mais eficientes e utilizadas (Gonçalves et al 2015). Lustosa et al (2011) afirmam que, quando se trata de gestão de estoques, determinar a importância de cada item e concentrar a maior parte dos esforços da gestão nos itens mais importantes, é uma prática eficiente.…”

Gestão de materiais médico-hospitalares numa rede hospitalar pública utilizando matriz ABC/XYZ

“…O grupo B é formado por elementos medianos e o C abrange uma quantidade maior de materiais, com baixo valor ^inanceiro. Assim, constrói-se uma hierarquia dentro do estoque (Duarte et al, 2015;Figueiredo & Aquino, 2016;Gonçalves et al, 2015;Santos et al, 2012). Nesse sentido, Santana e Piper (2017) a^irmam que essa tećnica permite que os itens com maior valor sejam revisados com mais frequencia que aqueles com custo menor, que, por sua vez, devem ser adquiridos ou produzidos com menor periodicidade, a ^im de não sobrecarregar os setores envolvidos.…”

“…O gestor não deve ignorar os bens de menor custo ^inanceiro. A curva ABC, embora importante para o controle dos estoques, é limitada pelo fato de considerar apenas o valor ^inanceiro dos materiais (Gonçalves et al, 2015;Mahagaonkar & Kelkar, 2017). Clevert, Stickel, Jung, Reiser & Rupp (2007) alertam que a classi^icação ABC não é su^iciente para otimizar o inventário, pois não avalia as ^lutuações que a demanda pode sofrer, e defendem que observar o estoque por um perıódo maior possibilita identi^icar os produtos com consumo relativamente mais constante e aqueles com alguma variação ou demanda muito irregular.…”

“…Tabela 1 -Classi_icação ABC/XYZ, estoque de segurança, ponto de pedido e política de estoque Fonte: Elaborado pelos autores Foram classi^icados 102 itens no grupo X, 89 na classe Y e 142 na Z. Conforme observado na Tabela 1, unidas as duas Curvas, é possıvel veri^icar que existem itens AZ caros e com demanda irregular, como o avental para uso medico/odontológico, e itens CX baratos e com utilização contıńua, como agulhas de punção. Tais constatações re^letem a importância de se considerarem outros criteŕios, aleḿ do ^inanceiro, como defendem Gonçalves et al (2015) e Clevert et al (2007).…”

“…Em seguida, ambas foram combinadas. Ao se cruzarem essas duas vertentes -custo e demanda -, ^ica visıvel a importância de se considerarem outras variaveis, aleḿ da ^inanceira, conforme defendido por Clevert et al (2007), Gonçalves et al (2015) e Mahagaonkar e Kelkar (2017), pois ao considerar a variação da demanda, com a utilização da curva XYZ, os materiais mais baratos e com utilização constante não são menosprezados. Veri^ica-se, por um lado, que há itens caros e usados em casos mais esporádicos -AZ, Outro ponto relevante da classi^icação dos itens foi permitir a criação de subgrupos com caracterıśticas semelhantes, que admitem a aplicação de polıticas de revisão de estoque mais adequadas.…”