Introdução: O presente artigo retrata a Síndrome de Sweet (SS) e os aspectos biopsicossociais envolvidos nos portadores dessa afecção. A SS é uma dermatose rara, de alta complexidade que se traduz em desconforto físico e consequências estéticas e psicológicas. Metodologia: Este estudo tem como objetivo analisar por meio da revisão de literatura, características fisiopatológicas, incidência, diagnóstico, tratamento e impactos na qualidade de vida dos pacientes portadores de SS. Foram selecionados 14 artigos nas bases eletrônicas Scielo, PubMed e Google Acadêmico, nos idiomas português, inglês e espanhol a partir do ano 2000, com utilização dos descritores “síndrome de sweet”, “impactos” e “biopsicossocial”. Os artigos que não condizem com a temática central foram descartados. Discussão: A Síndrome de Sweet, ou dermatose neutrofílica febril, se trata de uma doença inflamatória sistêmica rara e de alta complexidade. Sua patogênese ainda não está completamente estabelecida, entretanto são documentadas associações da SS com infecções prévias, doenças inflamatórias, gestação, neoplasias e uso de certas drogas, que parecem desencadear uma reação de hipersensibilidade de citocinas, seguida de infiltração densa de neutrófilos na derme. A SS se caracteriza pelo surgimento agudo de febre, além de outros sintomas constitucionais, associado a neutrofilia periférica e a manifestações cutâneas como pápulas e/ou placas eritemato-dolorosas, que predominam em face, pescoço, tórax, dorso e extremidades superiores. Ademais, são comuns acometimentos extra cutâneos com envolvimentos de diversos outros órgãos. Essa ampla gama de sintomas impacta nos âmbitos físico, psicológico e social do paciente, que se depara com uma doença sistêmica rara e complexa que provoca medo, inseguranças, além de redução da autoestima e da qualidade de vida. Ademais, em certos casos, recidivas dos sintomas são comuns mesmo após o tratamento, o que se traduz em impactos a longo prazo da doença. Conclusão: Os resultados demonstraram a necessidade de abordagens interdisciplinares no tratamento de pacientes de SS, que valorizem não só as lesões dermatológicas, como também os aspectos emocionais e sociais que afetam consideravelmente esses pacientes.