Introdução: No contexto universitário, construtos como o Engajamento Acadêmico (EA) se tornam desejáveis, o qual refere-se a um persistente estado de espírito afetivo-cognitivo. Esse espaço também é caracterizado por uma lógica de produtividade, gerando sentimentos de fraude, característicos da Síndrome do Impostor (SI). Sendo assim é possível que, visando alcançar a imagem idealizada de sucesso acadêmico, estudantes se envolvam bastante para diminuir essa sensação de falsidade. Objetivo: Buscou-se conhecer a relação entre o engajamento acadêmico e a síndrome do impostor, além de verificar se há uma relação de predição e se existem diferenças em função de variáveis sociodemográficas. Metodologia: Agregando uma amostra de 201 graduandos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), os respondentes foram contatados para responder o questionário online contendo os instrumentos do estudo referente aos construtos de engajamento acadêmico e síndrome do impostor, além das informações sociodemográficas. Para alcançar os objetivos, foram realizadas análises de correlação, regressão linear e ANOVA fatorial. Resultados: De fato, encontram-se correlações significativas entre os construtos e suas respectivas dimensões, assim como uma relação de predição, o que vem a corroborar com achados anteriores. Referente às diferenciações de engajamento mediante variáveis como sexo ou exercício laboral, não houve resultados estatisticamente significativos. Conclusão: Com isso, é possível compreender que juntamente com os aspectos positivos do comprometimento na universidade, os estudantes também podem estar lidando com o sentimento de fraude e de autodepreciação. Adentrar essa temática, permite fomentar pesquisas e ações mais direcionadas ao seu bem-estar e desempenho.