“…Em segundo lugar, presumia-se que a maior participação dos sindicatos na gestão dos fundos de pensão poderia "domesticar o capitalismo" (Jardim, 2009), possibilitando, além da construção de uma nova relação capital-trabalho a partir da cogestão dos fundos, a entrada dos trabalhadores na burocracia estatal (D`Araújo, 2009). Para alguns autores, no entanto, essa maior imbricação entre sindicatos e fundos de pensão seria reveladora de um processo de "financeirização da burocracia sindical" (Oliveira, 2003), conformando uma "nova elite" de sindicalistas com íntimas ligações ao mercado financeiro (Jardim, 2009;Sória e Silva, 2014). Nessa perspectiva, Sória e Silva (2014) aponta que essa "elite" viu nos fundos de pensão uma frente de expansão do poder sindical, atuando decisivamente no sentido de ampliar suas ações em direção ao mundo financeiro.…”