2017
DOI: 10.11606/0103-2070.ts.2017.125952
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Sindicalismo e neodesenvolvimentismo: analisando as greves entre 2003 e 2013 no Brasil

Abstract: A eleição de Lula no ano de 2002 provocou mudanças importantes na política brasileira, e essas mudanças foram levadas adiante por Dilma Rousseff pelo menos até o final do seu primeiro mandato em 2014. A principal dessas mudanças foi a consolidação de uma frente política 1 ampla e heterogênea que, a partir de 2003, foi a força de sustentação dos governos. Embora não prescindisse dos trabalhadoresantes, precisava deles -, a frente neodesenvolvimentista foi hegemonizada por uma determinada fração burguesa: a gran… Show more

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“…Desse modo, Marcelino (2017), ao tentar demonstrar o momento favorável do sindicalismo nos governos petistas, utiliza como elemento explicativo o fato de que os governos do PT foram os únicos que não passaram por, no mínimo, uma greve geral contra sua política econômica. Apesar desse fator, o descontentamento que explodiu em junho de 2013 indica a possibilidade de construção de uma greve geral no país que 37 Palavra de ordem que se massificou pelo país aludindo ao valor do aumento da passagem em São Paulo.…”
Section: Dilma (2011-2016): Da Nova Matriz Econômica Ao Golpe Jurídicunclassified
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“…Desse modo, Marcelino (2017), ao tentar demonstrar o momento favorável do sindicalismo nos governos petistas, utiliza como elemento explicativo o fato de que os governos do PT foram os únicos que não passaram por, no mínimo, uma greve geral contra sua política econômica. Apesar desse fator, o descontentamento que explodiu em junho de 2013 indica a possibilidade de construção de uma greve geral no país que 37 Palavra de ordem que se massificou pelo país aludindo ao valor do aumento da passagem em São Paulo.…”
Section: Dilma (2011-2016): Da Nova Matriz Econômica Ao Golpe Jurídicunclassified
“…(3) Essa tese é corroborada por Marcelino (2017), mas a autora considera que o crescimento de greves está conectado ao momento favorável ao sindicalismo aberto a partir da eleição de Lula. Ou seja, os governos petistas permitiram que os atores sindicais e trabalhadores percebessem maiores possibilidade de conquistar suas reivindicações.…”
Section: Dilma (2011-2016): Da Nova Matriz Econômica Ao Golpe Jurídicunclassified
“…Esses aspectos também relativizam a tese que visualiza uma recuperação do movimento sindical nos governos do pt, considerando o padrão historicamente dependente do sindicalismo brasileiro ao Estado (Boito e Marcelino, 2010;Marcelino, 2017). Para os autores, essa conjuntura de recuperação se alicerçou na manutenção do patamar grevista com ganhos salariais reais, no acirramento das disputas na cúpula do movimento (Boito e Marcelino, 2010) e na realização de greves ofensivas que avançaram sobre os lucros das empresas ou os recursos do Estado (Marcelino, 2017). Esses fatores, entretanto, não englobam alterações substanciais na legislação trabalhista.…”
Section: As Limitações Para O Encaminhamento Da Agenda Trabalhistaunclassified
“…Rosane Bertotti, Secretária de Formação da cut, ressalta a dificuldade de chamar os trabalhadores para as greves gerais chamadas pelas centrais: "na iminência de aprovar a reforma trabalhista, na iminência de trabalho intermitente, negociado sobre legislado, com todo o ataque aos direitos: você chama para a greve e os trabalhadores não vão" (Entrevista com Rosane Bertotti, 2017). Ao mesmo tempo que as manifestações de cúpula se esvaziaram, o crescimento do sentimento de insatisfação dos trabalhadores se expressou na retomada do ciclo grevista, a partir de 2011, com destaque para o caráter defensivo das reivindicações (Linhares, 2015;Marcelino, 2017). O maior percentual de crescimento das greves entre os anos 2011 e 2016 ocorreu em setores ligados às atividades de comércio e serviços (133% e 523%, respectivamente 14 ), justamente nos segmentos submetidos a piores condições de trabalho (Braga, 2016), que concentraram a maior parte do crescimento do emprego na gestão petista (Colombi e Krein, 2019, no prelo) e que apresentam os piores patamares de sindicalização (Galvão e Krein, 2017).…”
Section: As Limitações Para O Encaminhamento Da Agenda Trabalhistaunclassified
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