Debaixo d'água tudo era mais bonito, mais azul, mais colorido, só faltava respirar, mas tinha que respirar. Debaixo d'água se formando como um feto, sereno, confortável, amado, completo, sem chão, sem teto, sem contato com o ar, mas tinha que respirar, todo dia. Todo dia, todo dia, todo dia, todo dia, todo dia. Debaixo d'água por enquanto, sem sorriso, sem pranto, sem lamento, sem saber o quanto esse momento poderia durar, mas tinha que respirar. Debaixo d'água ficaria para sempre, ficaria contente, longe de toda gente, para sempre no fundo do mar, mas tinha que respirar, todo dia. Todo dia, todo dia, todo dia, todo dia, todo dia. Debaixo d'água protegido, salvo, fora de perigo, aliviado, sem perdão e sem pecado, sem fome, sem frio, sem medo, sem vontade de voltar, mas tinha que respirar, Debaixo d'água tudo era mais bonito, mais azul, mais colorido só faltava respirar, mas tinha que respirar, todo dia. Todo dia, todo dia, todo dia, todo dia, todo dia, todo dia. Todo dia, todo dia, todo dia, Todo dia, todo dia. Debaixo D"àgua (Arnaldo Antunes, 2001). AGRADECIMENTOS O presente trabalho foi realizado com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -Brasil (CAPES) -Código de Financiamento 001. Após intensos quatro anos e meio de imersão nesta pesquisa, é chegada a hora de agradecer a todos que contribuíram para a concretização deste momento. Esta tese foi escrita a muitas mãos e sou profundamente grata a toda a rede de apoio que participou deste processo. Inicialmente, agradeço aos meus protetores espirituais que me acompanham e me orientam em todos os momentos da minha vida. Ao meu marido, Bruno Machado, por todo amor, cuidado e companheirismo, que vão desde o incentivo a participar da seleção do doutorado até a parceria na maior aventura de nossas vidas: nossa filha. À Luiza, por ter me escolhido como mãe, por me (des)construir cotidianamente e por me mostrar as infinitas facetas do amor. Aos meus pais, Gisélia e Deraldo, pelo amor incondicional. Aos meus irmãos, Gleide e Júnior, pela parceria cotidiana. Aos meus cunhados, Priscilla e André, por todo o apoio. Aos meus sobrinhos, Lorenna, Eduardo e Cecília, pelas risadas e pela leveza de nossos encontros. Sou grata de fazer parte da nossa família. À família Machado, meu profundo respeito e carinho por todo o acolhimento. Em especial, à minha sogra, Rosângela, por cuidar tão bem de Luiza em todos os momentos que necessitei. Agradecimentos carinhosos ao Sr. Machado, à Diana, ao Ryu e ao Anderson. Aos meus amigos e minhas amigas, que compreenderam as minhas ausências e me fortaleceram em cada raro encontro. Agradecimentos especiais a Aline Belém, Aline Teles e Sydney Teles (e nossa Clarinha), Giceli Carvalho, Márcio Moura e Taísa Belém. À amiga Luciana Oliveira, agradeço pela parceira de vida, de doutorado e de maternidade. Apesar de longe fisicamente, estivemos muito próximas durante este momento, fortalecendo uma a outra em cada desafio que se apresentava. Sim, nós conseguimos, Lu! Às amigas que o doutorado na Unicamp me presenteou, em esp...