O artigo analisa a crítica que Machado de Assis apresenta à Geração de 1870, especialmente no texto “A nova geração” (1879). Trata-se de um contexto de efervescência do discurso de modernidade no Brasil, animado pela circulação de um repertório cientificista apreendido como moderno, por um sentimento de crise política e esgotamento do modelo romântico. Para Machado, a produção letrada de Silvio Romero expressa este sentimento, por isso ele será tomado aqui como exemplo-síntese da nova geração. Se no caso brasileiro a direção das novas ideias reconhecidamente vem de fora, em Machado tal vocação eleva a tarefa receptiva e em sua capacidade de confrontar o novo repertório às particularidades do meio brasileiro, constituindo uma forma. Eis o Calcanhar de Aquiles da Geração de 1870, sobre o qual o presente artigo se desenvolve.