Silius Italicus

Brill's Companion to Silius Italicus

“…They view Scipio as a prototype of leaders, such as Caesar and Pompey, who bring an end to the republic and usher in the imperial era with their desire for power and fame; thus Silius is viewed as portraying the gradual evolution of Rome from the mid-republic, with its traditional values already under challenge, to his own day, where even the pretence of such values no longer exists. 223 Tipping maintains that Scipio is an epic superhero 224 but cannot avoid being linked with powerful individuals in republican and imperial Rome (and elsewhere) who subsumed the state to themselves. 225 McIntyre asserts that Silius uses the landscape to convey ambivalence at the assumption of power by personalities, 226 while alluding at the same time to the need for strong leaders to ensure the survival of Rome.…”

A Role Reversal in Silius (10.605-639)

“…They have conclusively shown that where Silius does depart from Livy, this is to be attributed to originality on the part of Silius rather than the use of non-Livian sources. Ahl, Davis andPomeroy comment (1986:2530) Fabius, by his brief and simple words, reported not even directly but in oratio obliqua ...…”

A Eneida de Sílio Itálico: a <i>aemulatio </i>e os heróis de <i>Punica</i>

“…Cipião Africano, que é reconhecido como representante do princeps, é nessa leitura um modelo ambíguo e negativo, uma vez que representa uma centralização de poder que seria responsável pelo declínio de Roma. São exemplos dessa vertente , para quem o sistema monárquico é na epopeia retratado como potencial para gerar conflitos; Ahl, Davis & Pomeroy (1986), para os quais as estratégias poéticas de Sílio retratam a evolução de um passado romano heroico para a arrogância imperial, de maneira que o poeta não reconcilia seus elementos conflitantes; e Tipping (2010) para quem o modelo de Hércules desestabiliza o status heroico de Cipião, e consequentemente de Domiciano. De maneira oposta, há uma vertente entre os críticos que reconhece na obra a expressão de uma visão mais otimista de Sílio para com seu presente.…”

“…Ao mesmo tempo que Sílio cria a ideia de uma continuação da Eneida com uma Juno vingando Dido com a guerra, o sofrimento provocado por tal punição configura-se, no entanto, como um favor aos romanos, uma oportunidade para que sua fama seja alçada aos céus, ideia que já está sugerida no prefácio e depois é claramente indicada 20 Alguns estudos abordaram a intertextualudade com Homero (Juhnke 1972), Ênio (Bettini 1977;Matier 1989); Lucano (Ahl, Davis & Pomeroy 1986;Boyle 1993, 12-13;McGuire 1997, 32;84;Marks (2010, 127-153) e Ovídio (Wilson 2004), e Tito Lívio (Huchincton, 1993;Gibson (2010 Equiparar-se, ou superar, os grandes modelos é algo louvável; a imitatio ou aemulatio, que, contudo, não se limitava à poesia, é uma característica essencial da literatura latina.…”

“…Seguindo tais passos, Burck (1979) analisou, entre outras questões, a intertextualidade com Lívio, a estrutura e estilo narrativo; e Huchincton, já em 1993, atentou para os efeitos positivos do estilo, linguagem, caracterizações, descrições, o uso de mitos e da história, e a intertextualidade com Lívio, Virgílio, Lucano, Estácio e Tácito. O extenso artigo de Alh, Davis & Pomeroy (1986), é também texto chave nos estudos sobre a obra, abordando diversas questões como a estrutura do poema e as principais personagens. Mais recentemente, destacam-se os extensos estudos de Marks (2005a) e , além de numerosos artigos de diversos pesquisadores.…”