Abstract:Este artigo aponta indicadores de trabalho do fazer psicológico em saúde pública e problematiza os sentidos da integralidade a partir desses indicadores. Para tanto, realizou-se uma revisão seletiva e sistemática da literatura sobre a atuação do psicólogo predominantemente no âmbito da atenção primária à saúde, entre os anos 2000 e 2011,
nas principais bases de dados nacionais. Identificaram-se 18 artigos científicos que problematizaram a atuação do psicólogo e, por meio de uma metodologia comparativa, b… Show more
“…(p. 29) Em relação ao suicídio, os diversos setores da sociedade devem pactuar ações no desenvolvimento das políticas públicas que enfrentem a complexidade do problema apresentado. Para isso, devem existir articulação e escuta das diferentes práticas e dos diversos saberes, priorizando o saber do usuário, contra ações centralizadas, fragmentadas e verticalizadas entre os processos de gestão e atenção 22 . Parafraseando as orientações da WHO 2 , frente ao adolescente que tenta o suicídio, ações que envolvam sua família, sua escola, seu contexto social e suas atividades de lazer devem se articular, com a presença de um local adequado para se pedir ajuda nos momentos de crise subjetiva e de profissionais que lhe sejam referência, oferecendo um cuidado com apoio de tecnologias adequadas que se apresentem como possibilidade de vida.…”
O suicídio é um sério problema de saúde pública, causa um elevado custo emocional, social e econômico para o paciente, familiares e serviços de saúde. Este trabalho objetivou realizar uma revisão narrativa da literatura sobre integralidade, intersetorialidade e cuidado em saúde, buscando articular esses termos à prevenção do suicídio e ao tratamento de pessoas com comportamento suicida. Embora esses termos sejam utilizados com consenso nas políticas públicas brasileiras de saúde, há, ainda, uma grande distância entre a teoria e práticas que ainda reforçam um modelo hospitalocêntrico, biologista, verticalizado e longe de rotinas que garantam a autonomia e construção de vínculos responsáveis entre usuários e trabalhadores e entre diferentes setores. Rever, criticamente, essas ações e espelhar em planos com bons resultados podem ser saídas para a prevenção do suicídio.
“…(p. 29) Em relação ao suicídio, os diversos setores da sociedade devem pactuar ações no desenvolvimento das políticas públicas que enfrentem a complexidade do problema apresentado. Para isso, devem existir articulação e escuta das diferentes práticas e dos diversos saberes, priorizando o saber do usuário, contra ações centralizadas, fragmentadas e verticalizadas entre os processos de gestão e atenção 22 . Parafraseando as orientações da WHO 2 , frente ao adolescente que tenta o suicídio, ações que envolvam sua família, sua escola, seu contexto social e suas atividades de lazer devem se articular, com a presença de um local adequado para se pedir ajuda nos momentos de crise subjetiva e de profissionais que lhe sejam referência, oferecendo um cuidado com apoio de tecnologias adequadas que se apresentem como possibilidade de vida.…”
O suicídio é um sério problema de saúde pública, causa um elevado custo emocional, social e econômico para o paciente, familiares e serviços de saúde. Este trabalho objetivou realizar uma revisão narrativa da literatura sobre integralidade, intersetorialidade e cuidado em saúde, buscando articular esses termos à prevenção do suicídio e ao tratamento de pessoas com comportamento suicida. Embora esses termos sejam utilizados com consenso nas políticas públicas brasileiras de saúde, há, ainda, uma grande distância entre a teoria e práticas que ainda reforçam um modelo hospitalocêntrico, biologista, verticalizado e longe de rotinas que garantam a autonomia e construção de vínculos responsáveis entre usuários e trabalhadores e entre diferentes setores. Rever, criticamente, essas ações e espelhar em planos com bons resultados podem ser saídas para a prevenção do suicídio.
“…Sendo assim, dois profissionais da equipe, com diferentes formações profissionais, passaram a coordenar as atividades do acolhimento coletivo para adolescentes. Além disso, no que tange especificamente à prática da psicologia, cabe ressaltar que os psicólogos contribuem para a consolidação da atenção integral à saúde no SUS, ao passo que investem em práticas que afirmam o compromisso da categoria com o direito da população à saúde, sendo necessária a diversificação das ações, a apreensão integral do sujeito e da coletividade e a participação nas equipes (Luna, 2014). Segundo Maynart, Albuquerque, Brêda, e Jorge (2014), a escuta qualificada em atenção psicossocial requer que se estabeleça com o usuário vínculo que seja favorável ao tratamento, o que só é possível por meio de uma escuta que não se limite a questões superficiais.…”
Section: Acolhendo Pais De Adolescentes: a Experiência De Um Espaço De Escuta Em Saúde Mentalunclassified
Este artigo se caracteriza por um estudo crítico que aborda a experiência da modalidade de acolhimento estabelecida por um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) como ferramenta para o cuidado e a promoção da saúde mental de adolescentes. O material utilizado para sustentar este estudo foi o registro escrito de acolhimentos da demanda relatada por pais de adolescentes que buscaram o serviço em questão, no período de outubro de 2014 a fevereiro de 2015. Para analisar e problematizar os resultados provenientes desses registros, apresentaremos uma discussão teórica acerca da adolescência, da Clínica Ampliada e da Redução de Danos. A partir da análise desse espaço enquanto ferramenta, conclui-se que o acolhimento nessa modalidade tem se mostrado eficaz e em consonância com a perspectiva proposta pelo Ministério da Saúde para os Centros de Atenção Psicossocial.
“…Caracterização da produção científica selecionada Dos 07 artigos científicos selecionados que versam sobre a atuação do psicólogo no âmbito da Atenção Básica (AB), predominantemente na saúde mental, dois correspondem à revisão de literatura, abordando a atuação do psicólogo na atenção básica à saúde, com foco na Estratégia de Saúde da Família (ESF) (PEREIRA et al, 2017) e na Clínica Ampliada(EICHENBERG et al, 2016); dois versam sobre a psicologia no âmbito da Atenção Primária à Saúde(LUNA, 2014; PARISE et al, 2014); um apresenta pesquisa qualitativa sobre a atuação do psicólogo na AB, especificamente no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)(LEITE et al, 2013); um retrata um relato de experiência sobre o processo de inserção da Psicologia nos serviços da ESF(CEZAR et al, 2015), e, por fim, o último artigo trata de conhecer a atuação do psicólogo na Atenção Primária à Saúde (APS), com base na Psicologia Social Crítica(CINTRA et al, 2017).A pesquisa qualitativade Leite, Andrade e Bosi (2013) foi realizada com psicólogos que atuavam no NASF de Juazeiro do Norte -Ceará. Já o estudode Cintra e Bernardo (2017) foi realizado com 03 psicólogos de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Campinas, interior de São Paulo.…”
unclassified
“…Revista Revise, vol 3, Dossiê Gestão em Saúde, p.29-40. mental Em todos os estudos analisados, os autores afirmam que os psicólogos ainda enfrentam desafios na prática da Atenção Básica, como: dificuldades na atuação intersetorial e interdisciplinar, dificuldades em transpor a clínica tradicional, imperialismo do modelo hospitalocêntrico, carência na formação acadêmica (não contextualizada com o SUS), desconhecimento das políticas públicas, entre outros(LEITE et al, 2013;LUNA, 2014; PARISE et al, 2014; CEZAR et al, 2015; EICHENBERG et al, 2016; PEREIRA et al, 2017; CINTRA et al, 2017).Por fim, além da análise dos artigos selecionados, empreendeu-se uma revisão da Constituição da República Federativa doBrasil (1988) e da Legislação doSUS -BRASIL (2003). Os textos referentes à Legislação da Saúde foram lidos na íntegra e, diante da análise, foram tecidas algumas reflexões sobre as práticas dos profissionais de Psicologia nas políticas públicas de saúde, bem como a relevância de sua atuação no processo de atenção integral à saúde.…”
RESUMO
A saúde dos indivíduos resulta, entre outros fatores, das suas condições de vida, seja no trabalho, com a família, entre outros. Essa visão ampliada de saúde exige do psicólogo mudanças em sua prática. A prática do psicólogo deve transcender o modelo tradicional, visto que é necessário compreender o indivíduo em sua totalidade, a partir de suas vivências, histórias de vida e reais necessidades. Para tanto, este estudo teve como objetivo caracterizar a atuação do psicólogo no contexto da atenção primária para o cuidado em saúde mental. Quanto aos procedimentos metodológicos, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, exploratória e descritiva, desenvolvida por meio de uma revisão integrativa de literatura. Com base nos resultados, a prática do psicólogo na atenção básica caminha em direção à quebra de antigos paradigmas da psicologia, assumindo assim uma atuação coletiva, inovadora e ética, com foco no trabalho interdisciplinar e intersetorial, nas práticas psicossociais e na coletividade. Tem-se como principais desafios a carência na formação profissional, a transposição do modelo tradicional e as dificuldades na atuação intersetorial e interdisciplinar. Por fim, este estudo buscou refletir sobre a atuação do psicólogo na atenção básica, desde sua formação acadêmica, passando pelas novas possibilidades de atuação e questionando práticas hegemônicas, até sua responsabilidade como sujeito de mudança social.
Palavras-chave: atenção básica; saúde mental; atuação do psicólogo.
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