Sensibilidades no tempo, tempo das sensibilidades

O corpo na cultura midiática: linguagem e representação - DOI: 10.5752/P.2316-1752.2010v17n20p158

“…Essa noção confusa interfere tanto no tempo de assimilação dos fenômenos do mundo quanto na percepção e apropriação dos objetos percebidos. Além disso, se o conceito das sensibilidades insere-se sob o signo da alteridade e de uma diferença no tempo, como define Pesavento (2004), o passado existindo no presente como sensibilidades de um outro tempo e de um outro no tempo, há uma dupla demanda envolvida em tal processo: o tempo do acontecido e o tempo exigido para o entendimento da operação sensível, para a experiência. Como ainda coloca Paul Ricoeur (1998) ao explicar a cidade e a arquitetura como narrativas que se conjugam no passado, presente e futuro, existe um vínculo entre memória e narratividade que se apoia na definição aristotélica de memória e nos escritos de Platão sobre a imagem: "tornar presente a ausência" .…”

Religiosidade e devoção: caminhos para pensar a cidade

“…4 Sendo assim, as histórias oficializadas ou as pessoas que deram vida a essas narrativas ajudam-nos a recompor o mosaico de possibilidades interpretativas de compreenção dessa dada realidade que movimenta a história local e a da própria religiosidade em torno da devoção a Santa do Rosário, pois essa história linear e conectada ao ritmo harmônico da sociedade é a base que sustenta a reflexão aqui pretendida. É notório que esses sujeitos não serviram apenas para aumentar as estatísticas sobre a população local.…”

José Bergamín, Cayetano Córdova Ituburu e o engajamento intelectual antifascista na Espanha e na Argentina durante a década de 1930

“…Cabe destacar aquí uma consideração feita por Romilda Motta ao tratar da escrita de si, na qual a autora chama atenção para o fator memória, destacando que ela é um trabalho de "reconstituição" e "reatualização" do vivido, pois o indivíduo passou por mudanças e seu olhar parte do presente, que é distinto daquele do período em que se viveu 51 Cuyo, v, 25-26, p. 59-122, año 2008Cuyo, v, 25-26, p. 59-122, año -2009 CÓRDOVA ITURBURU, Cayetano. La revolución martinfierrista.…”

“…Buenos Aires: Ediciones Culturales Argentinas, 1962, p. 30. 51 MOTTA, Romilda C. Práticas políticas e representações de si. Os escritos autobiográficos da mexicana Antonieta Rivas Mercado e da brasileira Patrícia Galvão (Pagu).…”

“…Nesta medida, as sensibilidades não só comparecem no cerne do processo de representação do mundo, como correspondem, para o historiador da cultura, àquele objeto a ser capturado no passado, ou seja, a própria energia da vida, a enargheia, de que nos fala Carlo Ginzburg. 51 Se o "embrutecimento" social foi determinante para o surgimento de uma ideologia como o nazismo, como afirma George L. Mosse, podemos presumir que a Guerra Civil Espanhola trouxe de volta a empatia e mexeu com os sentimentos das pessoas em várias partes do mundo. Isso aparece no alto número de brigadistas que foram lutar no país 52 , resultando no grande número de mortos 53 e na destruição generalizada que também impactou a todos que, de alguma forma, tiveram acesso aos acontecimentos.…”