“…É sabido que as discussões e pesquisas acerca do empreendedorismo (durante décadas) possuem a linha de investigação estratégica e/ou mercadológica (CASTILLO, 2009; MACHADO; ESPINHA, 2011; SANTOS, 2014) e comportamental (BAR-RETO; NASSIF, 2014; VILAS BOAS, 2015), porém percebe-se que na literatura moderna há estudos de várias ciências que tecem críticas ao pensamento hegemônico do capital. A sociedade de mercado sendo a mercantilização de todas as esferas da vida (SANDEL, 2012), o culto a estética, ao individualismo e ao hedonismo (ENRIQUEZ, 2006;LIPOVETSKY, G.;SERROY, 2013), a liquidez e efemeridade das relações sociais (BAUMAN, 2001(BAUMAN, , 2010, o potencial excludente e concentrador de renda (MUZIO, 2015), são apenas meros exemplos, em que o capitalismo se tornou o "alvo" de protestos de variadas correntes: filosóficas, sociológicas, econômicas, históricas, dentre outras (MUZIO, 2015). Essas críticas, assim como novas proposições para a construção de um empreendedorismo humanizado ou emancipatório estão presentes em vários estudos (GOSS et al, 2011 De forma abrangente, o empreendedorismo, tornou-se um fenômeno permeado em diversas áreas do saber, por exemplo: psicologia, economia, finanças, sociologia, história, política etc (DRIESSEN; ZWART, 2010;SCHUCHMANN;FILHO, 2010).…”