Semiótica crítica: materialidades, acontecimento e micropolíticas

Abstract

ResumoSemiótica crítica: materialidades, acontecimento e micropolíticas têm por objetivo principal discutir a tese de que a linguagem é antes uma questão de política que de linguística. Para tanto, adota alguns procedimentos. Em primeiro lugar, caracteriza três fases do desenvolvimento da semiótica no século XX: a da descoberta, com Saussure e Peirce; a dos modelos e classificações; e a da crítica pós-estruturalista, foco deste estudo. Em segundo lugar, no âmbito desta crítica pós-estrutural, caracteriza alguns vetores que sustentam o projeto de uma semiótica crítica: as materialidades, o acontecimento e as micropolíticas. Com tais relações problematizadas, o artigo procurou demonstrar que, reformulada, a semiótica permanece uma epistemologia em movimento contínuo de autogeração, aberta a críticas que a fizeram diferenciar-se de si para responder às questões postas aos problemas da linguagem e da comunicação no tempo presente. Palavras-chaveSemiótica crítica. Materialidades. Acontecimento. Micropolíticas. Pós-estruturalismo. IntroduçãoO desenvolvimento da semiótica a partir do século XX parece ter ocorrido em três grandes fases: a fase da descoberta, a fase dos modelos e classificações e a fase da crítica

"Uma reserva de mundo"

“…Elabora, tendo agora em mente McLuhan, o que se poderia chamar de "uma genealogia crítica dos ambientes mediais". Quer observar, em seus próprios termos, "o materialismo do signo, da semiose e da produção sígnica" (SILVA et al, 2020a).…”

“…Gumbrecht; 5. o conceito de fenômeno em Peirce e a fenomenologia da zeroidade em Deleuze; 6. o representâmen, o significante; 7. o problema dos meios; é onde McLuhan aparece, junto com a ideia da relação entre meios como ambientes e contra-ambientes; 8. a cadeia significante-significado; Lacan e o conto "A carta roubada", de Edgar Allan Poe; coloca-se em jogo a relação entre acontecimento e cadeia semiósica; 9. a noção de estrutura; identifica-se um nível mais abstrato que a estrutura, o nível dos agenciamentos micropolíticos e assignificantes; 10. a noção de sistema; sistemas fechados e abertos; a relação com os espaços alossemióticos; substitui sistema por máquina. O livro, em síntese, é o resultado dessas dez "teses-desconstruções"(SILVA et al, 2020a).10 …”