SELETIVIDADE NA PESCA DA CAVALA Scomberomorus cavalla (CUVIER, 1829) COM REDE-DE-EMALHAR NA COSTA AMAZÔNICA DO BRASIL

Abstract

Neste trabalho o objetivo foi determinar o tamanho médio ótimo da malha a ser usada no dimensionamento de redes-de-emalhar mais seletivas para captura da cavala na costa Amazônica. A seletividade da pescaria é definida como a probabilidade relativa de se capturar peixes com uma determinada amplitude de comprimento por uma arte de pesca em particular, em uma situação na qual todos os peixes têm a mesma chance de irem de encontro à rede e serem capturados. Para a realização deste trabalho, foi calculado o perímetro máximo, correspondente ao comprimento zoológico da primeira maturação sexual e foi obtido o comprimento médio da malha estirada. Para o cálculo do comprimento médio ótimo da malha, foi considerada a relação entre a compressibilidade do corpo do animal, ao tentar passar pela malha, e a elasticidade do fio da panagem, mediante a ação da força de natação com que o peixe entra na malha. Essa relação foi calculada usando-se o modelo linear através do método dos mínimos quadrados, com as variáveis obtidas medindo-se o perímetro máximo dos espécimes e o perímetro das malhas onde foram, respectivamente, capturados. Foi usada uma rede-de-emalhar confeccionada artesanalmente com fios de poliamida monofilamento. O valor obtido para o perímetro máximo, correspondente ao comprimento zoológico da primeira maturação sexual, foi de 303,5 mm, o comprimento médio da malha que foi de 151,8 mm. O valor obtido para o comprimento médio ótimo do lado da malha para captura da cavala com redes-de-emalhar foi de 124 mm.

Ficha de Farfantepenaeus subtilis

“…A espécie é abundante em sua área de distribuição, tendo sido estimada uma biomassa instantânea de 2.447,30t para a área do cabo Orange à foz do rio Pará (Asano-Filho et al, 2001). Em 2002, Furtado Junior, Tavares & Brito (2003) estimaram a biomassa média em 26.272t, para uma área compreendida 20 e 50m de profundidade, entre o Amapá e a foz do Amazonas, área de pesca tradicional do camarão-rosa. Já a captura por unidade de esforço de pesca (CPUE=kg/dia de mar), apresentou no período de 1982 a 2005 tendência decrescente, com pequenas variações entre o máximo de 160,5kg/dia de mar em 1982 e 101,7kg/dia de mar em 2000.…”