Seguimento do recém-nascido de risco: revisão integrativa da literatura

Abstract

Objetivou-se analisar as produções científicas disponíveis na literatura sobre a assistência do recém-nascidos de risco no contexto do programa de seguimento. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados CINAHL, LILACS, MEDLINE/PubMed, Scopus e Web of Science, no mês de fevereiro de 2020. Foram selecionados 12 estudos, sendo nove de abordagem quantitativa e três de qualitativa, agrupados em três categorias: condições de saúde dos recém-nascidos acompanhados pelo programa de seguimento; fatores que influenciam a adesão e a evasão do programa de seguimento; atendimento da enfermagem no programa de seguimento. Esta revisão aponta para uma notória necessidade da ampliação das discussões sobre a continuidade da assistência ao recém-nascido egresso das unidades neonatais e sobre o programa de seguimento, a fim de subsidiar estratégias e políticas que possam superar as dificuldades apontadas pelas pesquisas analisadas.

Estudo da utilização de medicamentos em neonatos da unidade de terapia intensiva em maternidade de referência

“…A fisiologia do recém-nascido (RN), ainda em formação, impacta diretamente no mecanismo de ação dos fármacos, alterando os processos de absorção, metabolização e eliminação dos medicamentos, aumentando a probabilidade de eventos adversos (Davis et al, 2012). Considerando ainda os agravos inerentes à prematuridade, o cuidado ao RN quase sempre envolve o uso de uma ampla diversidade de medicamentos, que exigem a adoção de medidas de segurança e a realização de um minucioso acompanhamento farmacoterapêutico (Xavier, et al, 2020).…”

Restrição do acompanhamento de lactentes prematuros na pandemia da COVID-19: abordagem mista

“…(14) Mesmo diante das restrições impostas pela pandemia, é premente o acompanhamento ambulatorial dos RNPT e o estabelecimento do vínculo entre os profissionais de saúde e a família. (15,16) A descontinuidade no acompanhamento dos RNPT pode acarretar danos físicos, psíquicos e neurológicos, intensificando as vulnerabilidades decorrentes da condição de saúde e interferindo na qualidade de vida desses. (17) Estudo aponta que o medo das mães em expor os filhos ao risco de contágio pelo vírus SARS-CoV-2, sobretudo, no deslocamento para os serviços de saúde, também resultou Results: There was a significant association between infant age and the restriction of their follow-up during the pandemic, with prioritization of one-to-one care for children under six months of age, occasional contacts with family members, via phone call or digital application, and gaps in updating the vaccination schedule of those whose follow-up was interrupted.…”

Caracterização do seguimento da criança de alto risco no Distrito Federal e em Mato Grosso

“…(12) Embora a continuidade do cuidado após a alta hospitalar seja considerada fundamental para a qualidade de vida da criança de alto risco, a efetivação dessa assistência ainda possui fragilidades estruturais e processuais no contexto da atenção à saúde infantil no país, (13) sendo que o seguimento e o suporte adequado a essa população e suas famílias apresentam-se ainda como um grande desafio para os serviços e profissionais de saúde. (14) Observa-se que existem importantes lacunas na literatura e escassez de dados sobre a configuração dos programas de vigilância da criança de alto risco no país, em especial na região Centro-Oeste (CO), no que diz respeito aos aspectos operacionais e a avaliação quanto a sua efetividade e impacto frente à mortalidade infantil. Portanto, a realização desta pesquisa se justifica pela necessidade de se conhecer e dar visibilidade às estratégias utilizadas pelos estados para efetivar a assistência a criança de alto risco após a alta hospitalar.…”