“…A delimitação do campo da psicologia africana como uma disciplina pós-colonial 22 , autodeterminada e autônoma (Nwoye, 2020) e a sua própria concepção não deixa de estar sob tensão (Makhubela, 2016;Segalo;Cakata, 2017;Ratele, 2018;Nwoye, 2015), entre outras razões, porque na tentativa de especificar o que é africano na psicologia africana há o receio, para alguns, que ela possa desembocar na homogeneização da mente africana, na direção do que fala Paulin Hountondji (2008), como a ilusão de que todos em África falam com uma só voz e compartilham a mesma opinião sobre questões fundamentais 23 . O mesmo autor chama a atenção também para que, na tentativa de se desestabilizar o colonialismo e seus efeitos, não se acabe, por fim, preservando a própria colonialidade, como também argumenta Malose Makhubela, em seu provocativo artigo de 2016.…”