Satisfação com a Vida em Aposentados que Continuam Trabalhando

Abstract

Retirement does not always represent the final exit from the labor market. Work is one of the most important aspects in people's lives, and a relationship seems to exist between continuity of work during retirement and life satisfaction. This study evaluated the perception of life satisfaction among 230 retirees who were still working. Participants completed a questionnaire containing scales for Life Satisfaction, Job Perception and Reasons for Returning to Work. Correlations and multiple linear regression indicated that perception of the work, satisfaction with income and intrinsic reasons (such as the feeling of productivity) influenced life satisfaction of retirees who returned to work. Our results reinforce the adoption of public and organizational policies to maintain retirees who wish to continue working.Keywords: satisfaction, job satisfaction, retirement, labor market Satisfação com a Vida em Aposentados que Continuam TrabalhandoResumo: Nem sempre a aposentadoria significa a saída definitiva do mercado de trabalho. O trabalho é um dos aspectos mais relevantes na vida das pessoas adultas e parece haver uma relação entre a continuidade do trabalho durante a aposentadoria e a satisfação com a vida. Este estudo avaliou a percepção de 230 aposentados que ainda estavam trabalhando e a satisfação com suas vidas. Os participantes responderam a um questionário contendo escalas de Satisfação com a Vida, Percepção do Trabalho e Motivos para o Retorno ao Trabalho. As correlações e a regressão linear múltipla apontaram que a percepção do trabalho, a satisfação com a renda e os motivos intrínsecos, como o sentimento de produtividade, influenciaram a satisfação com a vida desses aposentados que retornaram ao trabalho. Tais resultados apontam para a necessidade de políticas públicas e organizacionais visando a retenção de aposentados que desejam permanecer trabalhando.Palavras-chave: satisfação, satisfação no trabalho, aposentadoria, mercado de trabalho Satisfacción con la vida en jubilados que permanecen trabajandoResumen: La jubilación no siempre representa la salida definitiva del mercado laboral. El trabajo es uno de los aspectos más importantes en la vida de las personas adultas y parece haber una relación entre la continuidad del trabajo durante la jubilación y la satisfacción con la vida. Este estudio evaluó la percepción de 230 jubilados que aun trabajan y su satisfacción con la vida. Los participantes respondieron a un cuestionario que contiene las escalas de Satisfacción con la Vida, Percepción del Trabajo y Razones para el Regreso al Trabajo. Las correlaciones y la regresión linear múltiple, demostraron que la percepción del trabajo, la satisfacción con la renta y las razones intrínsecas -como la sensación de la productividad -influyeron en la satisfacción con la vida de estos jubilados. Estos resultados refuerzan la necesidad de políticas públicas y organizacionales que permitan la permanencia de jubilados que deseen seguir trabajando.Palabras clave: satisfacción, satisfacción en el trabajo, jubila...

Satisfaction in Retirement: A Comparison Between Brazil and Portugal

“…Considering that the average of this factor was between 3.7 and 4.4 on a scale from 1 to 7, it can be said that retirees in both Brazil and Portugal reported a reasonable satisfaction with their individual resources. These results seem to fit the real situation of Brazil, which offers few resources to retirees in terms of health, safety and leisure, making their income insufficient to cover all these services (Guerson et al, 2018;Organização Mundial da Saúde, 2018). In Portugal, although the provision of services is far more advanced than in Brazil, there is still room for improvement in comparison with other European countries (Pnud, 2019; OMS, 2018), which may have contributed to the low level of satisfaction reported by Portuguese retirees.…”

“…In Portugal, Valadas et al (2019) emphasized that most retirees have low capital due to a lifetime of low wages and limited ability to save for retirement, so that the only way to maintain their health and socialization is to continue working. Similarly, in Brazil, Guerson et al (2018) found that satisfaction with their income was one of the principal determinants of satisfaction with life for retirees who continue working after retirement. Together with similar financial circumstances, these commonalities among retirees in both countries may have contributed to the lack of a significant difference in the dimension of satisfaction with individual resources.…”

“…However, the living conditions of the countries in question must be considered. Although it is one of the lowest in Europe, the cost of living in Portugal is higher than in Brazil (Numbeo, 2019), meaning the reported income may not be sufficient to meet the retiree's basic needs, as is the case with Brazilian retirees (Almeida et al, 2015;Guerson et al, 2018;Valadas et al, 2019).…”

“…In Brazil, great socioeconomic inequality means retirement is experienced in various ways (Pinto, Coleho-Junior, & Carreteiro, 2019) who are more financially well-off see this phase positively, with more time for family and leisure (França, 2008). Many people at retirement age, especially men, continue working to continue exercising their role as family breadwinner (Almeida, Silva, Freitas, Mafra, & Fonseca, 2015;Guerson, França, & Amorim, 2018;Valadas et al, 2019).…”

Construção e evidências de validade da escala de motivos para continuar trabalhando na aposentadoria

“…O estudo construiu e testou as evidências iniciais de validade da Escala de Motivos para a Continuidade ao Trabalho na Aposentadoria -EMCTA, sendo o instrumento inspirado no Inventário de Motivos para Retorno ao Trabalho (Khoury et al, 2010), adaptado e transformado em Escala de Motivos para o Retorno ao Trabalho (Guerson, et al, 2018), a Escala de Intenção dos trabalhadores maduros continuarem trabalhando -Older Workers' Intentions Continue Working -OWICW (Shacklock & Brunetto, 2011), adaptada para o Brasil por Macêdo et al (2020). Foram considerados ainda o modelo apresentado no estudo de França et al (2013), aportes da revisão de literatura nacional e internacional, o contexto da organização e a experiência da primeira autora, que trabalha há 15 anos na empresa onde foi realizada a pesquisa.…”