Saneamento básico e saúde autoavaliada nas capitais brasileiras: uma análise multinível

Abstract

<jats:p>RESUMO: Objetivo: Analisar a associação entre os determinantes contextuais referentes ao saneamento básico e a autoavaliação de saúde nas capitais brasileiras. Métodos: Analisaram-se 27.017 adultos (≥ 18 anos) residentes nas 27 capitais brasileiras em 2013, utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Ajustaram-se modelos multiníveis logísticos bayesianos para analisar a associação entre a autoavaliação de saúde e a cobertura dos serviços de saneamento básico (rede de esgoto, abastecimento de água e coleta de lixo), controlando a análise por fatores individuais (primeiro nível do modelo) e renda per capita da cidade de residência (segundo nível). Resultados: A maior cobertura de serviços de saneamento básico esteve consistentemente associada à melhor percepção da saúde, mesmo após o controle pelas características individuais e contextuais. Observou-se menor chance de autoavaliação ruim de saúde entre indivíduos que viviam em capitais com média (odds ratio - OR = 0,59; intervalo de confiança - IC95% = 0,57 - 0,61) e alta (OR = 0,61; IC95% = 0,57 - 0,66) cobertura da rede de coleta de esgoto; média (OR = 0,77; IC95% = 0,71 - 0,83) cobertura de serviço de abastecimento de água; e alta (OR = 0,78; IC95% = 0,69 - 0,89) proporção de coleta de lixo. Conclusão: A associação positiva entre melhores condições de saneamento básico e a autoavaliação da saúde, independentemente dos fatores individuais e das condições socioeconômicas do local de residência, confirma a necessidade de se considerar o saneamento básico na elaboração de políticas de saúde.</jats:p>

Social vulnerability in the pandemic period: correlation between social determinants of health and COVID-19 incidence in Brazilian regions

“…Still has found that the virus can be in the feces of infected individuals (Santos, et al, 2020). Therefore, the absence of this indispensable treatment resource generates yet another possible form of contagion (Massa & Chievegatto Filho, 2020).…”

Informação e prevenção não farmacológica da COVID-19 no território de uma unidade de saúde da família em Pernambuco

“…6 A precariedade das condições de saneamento básico também acompanha a situação do município, que tem apenas 3,9% do seu território com acesso ao recurso, representando um importante fator de vulnerabilidade social e determinante da saúde, estando associado ao crescimento ou expansão não planejada das cidades, caso do território estudado. 6,9 Figueiredo et al observaram que a COVID-19 iniciou sua incidência em grandes centros migrando para áreas de maior vulnerabilidade social, onde apresentou maior mortalidade, podendo estar correlacionado à densidade populacional de regiões mais pobres, à sua incapacidade de implementar medidas de proteção e até mesmo ao acesso à saúde mais difícil. Na pesquisa, observou-se que as informações questionadas tiveram um bom alcance na amostra.…”

Alfabetização no contexto do ensino remoto: desafios docentes

“…No Brasil, em que ainda há diferenças sociais, o saneamento básico ainda é um dos maiores problemas enfrentados pela população (Massa;Chiavegatto Filho, 2020). De acordo com a Fundação Getúlio Vargas -FGV, no ano de 2021, 83,7% da população brasileira possui abastecimento de água, mas apenas 54,1% dispõem de rede de esgoto, dos quais 78,5% têm esgoto tratado, ou seja, 99,1 milhões de brasileiros não tem acesso a serviços de coleta de esgotos e 34,7 milhões não dispõem de água tratada (FGV, 2021).…”