2016
DOI: 10.4025/rbhranpuh.v8i24.29834
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Sai desse corpo que esse caminho não te pertence! Pessoas trans* e ex-trans* em (re/des)caminhos de gênero, corpo e alma

Abstract: Resumo: Apresento, neste artigo, algumas indicações inconclusivas sobre os múltiplos (re/des)caminhos religiosos e generificados de pessoas transgêneras e (ex-)extransgêneras, conectados a discursos religiosos/generificados. Esse trabalho, de história das religiões e religiosidades no tempo imediato, se fundamentou no que chamei, provisoriamente, de etnografia ciborgue, processo que envolve, dentre outras coisas, a conexão entre história oral e trabalho de campo on e off-line. O campo principal de pesquisa se … Show more

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“…Essa autorização da voz sagrada encontra ressonância em escritos de Pierre Bourdieu (1996) e de Eni Orlandi, quando esta última nota que no discurso religioso autoritário, "reformulando a definição que havia proposto, eu diria agora que no discurso religioso, em seu silêncio, 'o homem faz falar a voz de deus'" (Eni ORLANDI, 2007, p. 28) -o que, em relação ao Sagrado, Feminino pode ser compreendido como: neste discurso místico / espiritualista, as mulheres fazem falar a voz das deusas arquetípicas, e essas vozes reforçam peremptoriamente a polaridade homem / mulher. É possível, nesse trânsito não completamente realizado que pessoas transgênero (binárias e não-binárias) fazem pelos fiordes do Sagrado Feminino, que ao invés de sentirem-se empoderadas pelas deusas e pelas humanas, estas se sintam tão discriminadas e excluídas ao ponto de desenvolverem certa transfobia internalizada, quando a própria pessoa transgênero rejeita a si mesma por ser transgênero -algo recorrente em casos de missões católicas e evangélicas que pregam que homens e mulheres são criados/as por deus e que os sinais da criação encontram--se no corpo (Eduardo MARANHÃO Fº, 2014, 2016.…”
Section: Para Maranhão Fºunclassified
“…Essa autorização da voz sagrada encontra ressonância em escritos de Pierre Bourdieu (1996) e de Eni Orlandi, quando esta última nota que no discurso religioso autoritário, "reformulando a definição que havia proposto, eu diria agora que no discurso religioso, em seu silêncio, 'o homem faz falar a voz de deus'" (Eni ORLANDI, 2007, p. 28) -o que, em relação ao Sagrado, Feminino pode ser compreendido como: neste discurso místico / espiritualista, as mulheres fazem falar a voz das deusas arquetípicas, e essas vozes reforçam peremptoriamente a polaridade homem / mulher. É possível, nesse trânsito não completamente realizado que pessoas transgênero (binárias e não-binárias) fazem pelos fiordes do Sagrado Feminino, que ao invés de sentirem-se empoderadas pelas deusas e pelas humanas, estas se sintam tão discriminadas e excluídas ao ponto de desenvolverem certa transfobia internalizada, quando a própria pessoa transgênero rejeita a si mesma por ser transgênero -algo recorrente em casos de missões católicas e evangélicas que pregam que homens e mulheres são criados/as por deus e que os sinais da criação encontram--se no corpo (Eduardo MARANHÃO Fº, 2014, 2016.…”
Section: Para Maranhão Fºunclassified