“…No caso da cidade de São Paulo essa normativa intensificava ainda mais o processo de embranquecimento da população, visto que, entre os anos de 1880 e 1889, mais de 183 mil imigrantes haviam ingressado na cidade, o que representava 40% de todos os estrangeiros que chegaram ao Brasil naquele período(DOWBOR, 1982).É desta forma que a politica do branqueamento e o racismo institucional se materializam na cidade de São Paulo, respaldados por ações institucionais estruturadas na tríade legislações -ideais higienistas -intervenções urbanas, que se fundamentou, respectivamente, pela atuação profissional e pelas produções acadêmicas das áreas de direito, medicina e engenharia e cujo Código de Posturas Municipais de 1886, o Código Sanitário Estadual de 1894, bem como os Planos de Melhoramentos Urbanos da Capital constituem importantes representações. importante destacar que havia, na região central da cidade, diversos espaços de sociabilidade negra, pois uma das características da escravidão urbana paulistana era a existência dos escravizados de aluguel ou de ganho(WISSENBACH, 1997). As principais atividades realizadas por esses escravizados eram venda de produtos (quituteiras e quitandeiras), lavagem de roupas, transporte de água entre os chafarizes e as casas, recolhimento de lixo entre outras atividades semelhantes.…”