Abstract:Using sectorial indices of the Brazilian market, we compare the portfolio optimization approach known as risk parity with minimum variance and equally weighted approaches. We apply various estimators for the covariance matrix to each portfolio strategy, since portfolio variance is considered as risk measure. Empirical results demonstrate that the risk parity approach provides more diversified portfolios and stable weights in the out-of-sample than the other two approaches, thereby avoiding the dangers of exces… Show more
“…Podese considerar que o método PR apresentou resultados intermediários em comparação com os demais métodos no mercado acionário brasileiro, ou seja, assim como o método EW, o PR tem máxima diversificação, mas apresenta risco total um pouco maior que o método MV, como era de se esperar. Resultados similares foram encontrados em Souza et al (2017) para o Brasil e Maillard et al (2009), Bruder, Gaussel, Richard and Roncalli (2013) Em comparação com o ativo livre de risco, o CDI, as carteiras montadas via EW perdem do ativo livre de risco em cinco dos sete anos considerados, enquanto que os outros dois métodos perdem em quatro anos, fato que pode ser explicado pelo período de crise e pelas instabilidades política e econômica que se seguiram.…”
Section: Resultsunclassified
“…O IS da carteira montada via MV foi superior em cinco dos sete anos de análise. De 2010 até 2013, o método MV apresentou os melhores resultados e o método PR foi o segundo melhor, assim como encontrado em Souza et al (2015) e Souza et al (2017), com a ressalva de que esses autores trabalharam com índices setoriais da B3 como se fossem ativos, enquanto que, neste trabalho, foram utilizadas ações de empresas listadas.…”
Section: Resultsunclassified
“…Bortoluzzo et al (2016), ao compararem modelos unifatorial (CAPM) e multifatoriais de risco (modelo de três fatores de Fama e French (1993) e o de quatro fatores de Carhart (1997)) no período de 2002 a 2013, identificaram que o modelo de Carhart, com maior número de fatores (quatro), foi o que teve melhor desempenho preditivo, mas um achado que chama a atenção em seus resultados é o de que esse ganho foi apenas marginal nos períodos antes da crise e na própria crise, sendo somente após a crise que o modelo apresentou um desempenho significativamente superior ao de Fama e French, apresentando mais de 40% de melhorias em seu caráter preditivo, em comparação ao modelo de três fatores. Souza et al (2017) e Souza et al (2015), ao realizarem um estudo sobre a aplicação de paridade de risco no Brasil, identificaram, originalmente, que a maneira com que se estima a matriz de covariância não teve uma influência relevante ao estudo de alocação de carteiras mediante o método de paridade de risco. Sendo pioneiros na aplicação do estudo no mercado de ações brasileiro, Souza et al (2015) destacaram as limitações de seus achados.…”
Section: Fundamentounclassified
“…Santos e Tessari (2012) argumentam sobre a sensibilidade das carteiras ao método de estimação da matriz de covariâncias, porém, Souza et al (2017) e Souza et al (2015), que trabalharam com a formação de carteiras pelos mesmos métodos deste artigo e utilizando dados brasileiros, encontraram similaridade entre os pesos das carteiras com base em seis métodos de estimação das covariâncias, a saber: amostral, decaimento exponencial (EWMA), combinação de dois métodos de decaimento exponencial (modelo Riskmetrics 2006), modelo GARCH, modelo MGARCH e uma combinação não linear de modelos GARCH univariados. Desta forma, neste trabalho optou-se pela estimação da matriz de covariâncias somente utilizando a forma amostral.…”
Section: Métodounclassified
“…Com relação à originalidade, o fato de lidar com todos os ativos líquidos do mercado brasileiro para composição das carteiras via Paridade de Risco é o que diferencia este trabalho dos demais encontrados no Brasil e no estrangeiro, o que gerou a necessidade de utilização de pacotes computacionais mais robustos, no caso o Matlab, para execução dos programas confeccionados pelos autores sem restrição na quantidade de ativos. Souza et al (2017) e Souza et al (2015), trabalhos que utilizam dados do mercado brasileiro com o método PR, abrangeram apenas sete índices setoriais (energia elétrica, industrial, consumo, imobiliário, financeiro, materiais básicos e utilidade pública) no período de 2008 a 2014, enquanto Chaves, Hsu, Li and Shakernia (2011) trabalharam com nove classes de ativos do mercado americano de 1980 a 2010, e Qian (2011) usou apenas dois tipos de investimentos (ativos e bonds) no mercado americano para explicar o funcionamento do método PR.…”
Objetivo: Comparação do desempenho de carteiras montadas de acordo com os métodos Paridade de Risco (PR), Mínima Variância (MV) e Equal Weighting (EW) no mercado brasileiro em períodos pré, pós e durante a crise internacional de 2008.Fundamento: Seleção de carteiras por meio do método MV tem base no artigo de Markowitz (1952). O método de alocação EW, estudado por Choueifaty e Coignard (2008), é o único portfólio na fronteira eficiente no caso de todos os ativos possuírem a mesma correlação. Maillard, Roncalli e Teïletche (2010) apresentam a metodologia PR como a mais eficiente na alocação de ativos por equalizar os pesos de cada ativo de acordo com sua contribuição ao risco do portfólio.Método: Foram construídas carteiras anuais com dados diários de todos os ativos brasileiros contemplando o período de 2007 a 2013. Foi utilizado o Índice de Sharpe (IS) para avaliar o desempenho das carteiras nos períodos anteriores, durante e após a crise. Resultados: O tradicional método MV apresenta maiores valores de IS em aproximadamente 70% das vezes. Já o método PR foi mais eficaz em períodos de crise. Contribuições: A comparação do desempenho de diferentes metodologias na construção de carteiras de risco brasileiras em períodos com diferentes volatilidades é a principal contribuição do trabalho. O fato de que o método EW apresentou a pior relação risco retorno em praticamente todos os períodos da amostra enseja ao mercado a busca por metodologias mais sofisticadas de alocação em ativos de risco.
“…Podese considerar que o método PR apresentou resultados intermediários em comparação com os demais métodos no mercado acionário brasileiro, ou seja, assim como o método EW, o PR tem máxima diversificação, mas apresenta risco total um pouco maior que o método MV, como era de se esperar. Resultados similares foram encontrados em Souza et al (2017) para o Brasil e Maillard et al (2009), Bruder, Gaussel, Richard and Roncalli (2013) Em comparação com o ativo livre de risco, o CDI, as carteiras montadas via EW perdem do ativo livre de risco em cinco dos sete anos considerados, enquanto que os outros dois métodos perdem em quatro anos, fato que pode ser explicado pelo período de crise e pelas instabilidades política e econômica que se seguiram.…”
Section: Resultsunclassified
“…O IS da carteira montada via MV foi superior em cinco dos sete anos de análise. De 2010 até 2013, o método MV apresentou os melhores resultados e o método PR foi o segundo melhor, assim como encontrado em Souza et al (2015) e Souza et al (2017), com a ressalva de que esses autores trabalharam com índices setoriais da B3 como se fossem ativos, enquanto que, neste trabalho, foram utilizadas ações de empresas listadas.…”
Section: Resultsunclassified
“…Bortoluzzo et al (2016), ao compararem modelos unifatorial (CAPM) e multifatoriais de risco (modelo de três fatores de Fama e French (1993) e o de quatro fatores de Carhart (1997)) no período de 2002 a 2013, identificaram que o modelo de Carhart, com maior número de fatores (quatro), foi o que teve melhor desempenho preditivo, mas um achado que chama a atenção em seus resultados é o de que esse ganho foi apenas marginal nos períodos antes da crise e na própria crise, sendo somente após a crise que o modelo apresentou um desempenho significativamente superior ao de Fama e French, apresentando mais de 40% de melhorias em seu caráter preditivo, em comparação ao modelo de três fatores. Souza et al (2017) e Souza et al (2015), ao realizarem um estudo sobre a aplicação de paridade de risco no Brasil, identificaram, originalmente, que a maneira com que se estima a matriz de covariância não teve uma influência relevante ao estudo de alocação de carteiras mediante o método de paridade de risco. Sendo pioneiros na aplicação do estudo no mercado de ações brasileiro, Souza et al (2015) destacaram as limitações de seus achados.…”
Section: Fundamentounclassified
“…Santos e Tessari (2012) argumentam sobre a sensibilidade das carteiras ao método de estimação da matriz de covariâncias, porém, Souza et al (2017) e Souza et al (2015), que trabalharam com a formação de carteiras pelos mesmos métodos deste artigo e utilizando dados brasileiros, encontraram similaridade entre os pesos das carteiras com base em seis métodos de estimação das covariâncias, a saber: amostral, decaimento exponencial (EWMA), combinação de dois métodos de decaimento exponencial (modelo Riskmetrics 2006), modelo GARCH, modelo MGARCH e uma combinação não linear de modelos GARCH univariados. Desta forma, neste trabalho optou-se pela estimação da matriz de covariâncias somente utilizando a forma amostral.…”
Section: Métodounclassified
“…Com relação à originalidade, o fato de lidar com todos os ativos líquidos do mercado brasileiro para composição das carteiras via Paridade de Risco é o que diferencia este trabalho dos demais encontrados no Brasil e no estrangeiro, o que gerou a necessidade de utilização de pacotes computacionais mais robustos, no caso o Matlab, para execução dos programas confeccionados pelos autores sem restrição na quantidade de ativos. Souza et al (2017) e Souza et al (2015), trabalhos que utilizam dados do mercado brasileiro com o método PR, abrangeram apenas sete índices setoriais (energia elétrica, industrial, consumo, imobiliário, financeiro, materiais básicos e utilidade pública) no período de 2008 a 2014, enquanto Chaves, Hsu, Li and Shakernia (2011) trabalharam com nove classes de ativos do mercado americano de 1980 a 2010, e Qian (2011) usou apenas dois tipos de investimentos (ativos e bonds) no mercado americano para explicar o funcionamento do método PR.…”
Objetivo: Comparação do desempenho de carteiras montadas de acordo com os métodos Paridade de Risco (PR), Mínima Variância (MV) e Equal Weighting (EW) no mercado brasileiro em períodos pré, pós e durante a crise internacional de 2008.Fundamento: Seleção de carteiras por meio do método MV tem base no artigo de Markowitz (1952). O método de alocação EW, estudado por Choueifaty e Coignard (2008), é o único portfólio na fronteira eficiente no caso de todos os ativos possuírem a mesma correlação. Maillard, Roncalli e Teïletche (2010) apresentam a metodologia PR como a mais eficiente na alocação de ativos por equalizar os pesos de cada ativo de acordo com sua contribuição ao risco do portfólio.Método: Foram construídas carteiras anuais com dados diários de todos os ativos brasileiros contemplando o período de 2007 a 2013. Foi utilizado o Índice de Sharpe (IS) para avaliar o desempenho das carteiras nos períodos anteriores, durante e após a crise. Resultados: O tradicional método MV apresenta maiores valores de IS em aproximadamente 70% das vezes. Já o método PR foi mais eficaz em períodos de crise. Contribuições: A comparação do desempenho de diferentes metodologias na construção de carteiras de risco brasileiras em períodos com diferentes volatilidades é a principal contribuição do trabalho. O fato de que o método EW apresentou a pior relação risco retorno em praticamente todos os períodos da amostra enseja ao mercado a busca por metodologias mais sofisticadas de alocação em ativos de risco.
em um período que abrange os meses críticos da crise econômico-financeira causada pela pandemia de COVID-19. Os resultados indicam melhor desempenho destes métodos em comparação com a distribuição percentual uniforme de ativos. A estratégia de Mínima Variância apresentou resultados significativos na redução do risco, enquanto a estratégia de Paridade de Risco teve como principal aspecto positivo a manutenção da diversificação da carteira. Palavras-chave: alocação de carteiras, mínima variância, equal weighting, paridade de risco, COVID-19.
IntroduçãoO ano 2020 ficará marcado na história mundial pelos grandes impactos sociais e econômicos causados pelo novo coronavírus, o SARS-CoV-2. A COVID-19 é a doença infecciosa causada por esse vírus, identificado em dezembro de 2019 após a notificação de um surto em Wuhan, na China, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A doença se espalhou pelo mundo rapidamente fazendo com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarasse pandemia em 11 de março de 2020. As medidas tomadas após a declaração da pandemia tiveram reflexos econômicos no mundo todo, gerando uma crise global no mercado de ações e impactando fortemente as bolsas de valores. O índice Bovespa (Ibovespa), por exemplo, fechou o mês de março de 2020 com queda acumulada de 36,86% no ano.As grandes perdas nos mercados acionários causadas pela pandemia de COVID-19 evidenciaram uma vez mais a importância das estratégias de gestão de risco de carteiras de investimento. Portanto, é relevante a reanálise de estratégias que promovam redução de risco, que possam ser aplicadas sem grandes dificuldades técnicas e sem ter de arcar com os elevados custos de manutenção de ativos de proteção, como opções de venda.Estratégias de gestão de carteiras baseadas nos métodos de Mínima Variância de Markowitz (MV) e da Paridade de Risco (PR) mostraram bons resultados [2] quando comparados com a distribuição uniforme dos ativos na carteira (estratégia EW), durante a crise de 2008.
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