“…Conjuntamente, os estudos de Rocha e Oliveira (2010) assumem o risco de indicar, dentre várias ações, a divisão do poder no interior da escola e abrir canais de participação da comunidade, como um pressuposto fundamental da gestão democrático-participativa.Nas pesquisas realizadas porDe Souza (2009), ao se propor levantar elementos importantes capazes de pensar os problemas tanto da compreensão quanto da efetivação da gestão democrática nas escolas públicas brasileiras, foram discutidas as relações entre a política, o poder e a democracia na escola pública. Nestes estudos, a problemática da gestão democrática e a diferença da gestão das escolas públicas foram descritas como um processo democrático, no qual a democracia é compreendida como princípio, e a escola é financiada por todos e para todos, compreendida como uma ação educativa, no sentido da conformação de práticas coletivas na educação política dos sujeitos(DE SOUZA, 2009).Quanto às práticas de gestão na escola pública, de modo a garantir a gestão pública democrática que comunique com a Teoria dos Grupos de Interesses,De Souza (2009) considera que é certo não parecer haver democracia sem a participação das pessoas na gestão da coisa pública, e que há pelo menos três aspectos importantes a se registrar acerca desse fenômeno: o primeiro diz respeito à normalização e à normatização da participação; o segundo, refere-se justamente à não-participação, entendida como ação política estratégica em reação às políticas adotadas por determinados governantes, por meio de movimentos de rejeição à participação nas decisões; e o último aspecto se relaciona menos com a participação, mas mais com a associação entre democracia e participação nos processos de tomada de decisões. Para tanto, a participação democrática pressupõe uma ação reguladora, fiscalizadora, avaliadora, além de decisória sobre os rumos da vida política e social das instituições (escolares) e da sociedade(DE SOUZA, 2009), ações que podem ser entendidas como práticas de uma gestão participativa democrática.Em outro estudo, no qual os benefícios proporcionados aos stakeholders são medidas com o objetivo de compreender melhor como se deve fazer uma auto-avaliação numa organização pública escolar,Monteiro (2009) aplicou numa escola pública de Portugal, a ferramenta Common Assessment Framework -CAF, uma ferramenta de auto-avaliação do setor público, inspirada no Modelo de Excelência da European Foundation for Quality Management -EFQM e adaptado pelo Projeto Qualis -Qualidade e Sucesso Educativo.…”