Restauro arquitetônico: a formação do arquiteto no Brasil para preservação do patrimônio edificado

Abstract

Este artigo tem por objetivo discutir a formação do arquiteto, nas escolas brasileiras, para que tenha base adequada e o conteúdo para atuar ao patrimônio construído e em construções de interesse para preservação; a discussão se estende também aos cursos de pós-graduação tanto no âmbito "lato sensu" quanto "stricto sensu". Serão analisadas as conseqüências da falta do ensino da disciplina de restauro arquitetônico na graduação e pós-graduação, que tem tido por resultantes a destruição de documentos históricos que dá base para memória coletiva, afetando a transmissão do legado das pessoas para as gerações futuras. Pretende-se evidenciar que se houver sólida formação do arquiteto no âmbito do restauro arquitetônico, os profissionais terão instrumentos teóricos, críticos e técnicos para que os bens culturais sejam, de fato, preservados.

Los centros históricos, dinámica urbana y la pérdida de su arquitectura patrimonial. Xalapa, Coatepec y Xico. México

“…Além disso, a possibilidade de escolha levou a uma demanda de trabalho mais específica no instante da elaboração do programa de necessidades, visto que cada estudante precisou construir suas próprias referências de projeto, pré-dimensionamento, demandas específicas, zoneamentos, fluxos e outras caracterizações importantes. Farah (2008) destaca que a falta de um debate pleno sobre restauro e preservação dentro do ambiente acadêmico leva a um olhar pouco sensível do futuro técnico para às edificações. Tal situação é delicada para profissionais que, cada vez mais, terão as preexistências como elementos partícipes de suas práticas projetuais.…”

Compromiso De La Ética Axiologica Sustentable Para Las Nuevas Generaciones De Ingenieros Quimicos Industriales

“…Essa expansão da área também expande um nicho profissional para a preservação e o restauro em várias áreas correlatas do saber. A formação profissional de graduação, ainda que inclua esses conhecimentos e habilidades em seus currículos para algumas das profissões como a arquitetura, não trata em todas as modalidades desse saber (FARAH 2008). Quando o faz, não dispõe da carga didática, extensão de tempo e profundidade necessárias ao desenvolvimento de habilidades fundamentais, bem como do domínio dos instrumentais conceituais, metodológicos e tecnológicos necessários à habilitação para as intervenções na materialidade dos artefatos culturais, bem como da relação dessa com o intangível.…”

Anáise arquitetônica e o fio do sentido: apontamentos para uma prática pedagógica

“…Em arquitetura, iniciativas como a do canteiro experimental, da FAU-USP, enfrentam a questão no âmbito formativo (Ronconi 2008). O trabalho de restauro em arquitetura também movimenta a discussão em torno das fronteiras de atuação do arquiteto na relação entre teoria e prática (Farah 2008).…”