2019
DOI: 10.1590/1806-9584-2019v27n248405
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Ressignificar e resistir: a Marcha das Vadias e a apropriação da denominação opressora

Abstract: Resumo: Este trabalho, embasado na sociolinguística crítica e na Teoria Dialógica do Discurso, analisa a ressignificação do adjetivo opressor proposta pelo movimento Marcha das Vadias. Assim, primeiramente, são discutidos dois temas polêmicos para a sociolinguística: o direito de nomear e a ressignificação voluntária. Após, verifica-se alguns aspectos da linguagem feminista, como a valorização do uso das formas femininas e o jargão enquanto ferramenta de exclusão. Por último, analisa-se a argumentação das orga… Show more

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“…Um movimento significativo para se pensar em atos subversivos a partir do corpo e da linguagem é a Marcha das vadias, surgida em Toronto, Canadá, em 2011, como "SlutWalk", e que rapidamente se espraiou para diversas cidades do mundo, sendo que a primeira marcha realizada no Brasil ocorreu em São Paulo, ainda em 2011 (GOMES; SORJ, 2014). Sua origem deve-se a um discurso realizado por um policial, na Universidade de Toronto, no qual afirmou que as mulheres não deveriam vestir-se como sluts (traduzido para o português como "vadias") caso não quisessem ser estupradas, o que resultou em uma grande marcha pela não culpabilização das mulheres vítimas de violência sexual (BOENAVIDES, 2019). Destaca-se o lugar ocupado pelo corpo, nas marchas, que possui um duplo papel: tanto de reivindicação, ou seja, pela autonomia das mulheres sobre seus corpos, como de instrumento de protesto.…”
Section: Vida Enquanto Resistênciaunclassified
“…Um movimento significativo para se pensar em atos subversivos a partir do corpo e da linguagem é a Marcha das vadias, surgida em Toronto, Canadá, em 2011, como "SlutWalk", e que rapidamente se espraiou para diversas cidades do mundo, sendo que a primeira marcha realizada no Brasil ocorreu em São Paulo, ainda em 2011 (GOMES; SORJ, 2014). Sua origem deve-se a um discurso realizado por um policial, na Universidade de Toronto, no qual afirmou que as mulheres não deveriam vestir-se como sluts (traduzido para o português como "vadias") caso não quisessem ser estupradas, o que resultou em uma grande marcha pela não culpabilização das mulheres vítimas de violência sexual (BOENAVIDES, 2019). Destaca-se o lugar ocupado pelo corpo, nas marchas, que possui um duplo papel: tanto de reivindicação, ou seja, pela autonomia das mulheres sobre seus corpos, como de instrumento de protesto.…”
Section: Vida Enquanto Resistênciaunclassified
“…Caso contrário, ao invés de ressignificar o termo "vadia" e resistir ao machismo que nos é imposto, estaremos nomeando (e, portanto, oprimindo) outras mulheres que não possuem a mesma sorte que possuímos. 5…”
Section: Considerações Finais Considerações Finais Considerações Finaunclassified