Resposta de híbridos de milho ao uso de piraclostrobina na ausência de doenças

Abstract

RESUMO: Objetivando-se avaliar o efeito da aplicação de piraclostrobina em diferentes épocas e combinações de aplicação em dois híbridos simples de milho cultivados na safra de verão, realizou-se um experimento no município de Jataí, Goiás. Adotou-se o delineamento de blocos ao acaso no esquema fatorial 2 x 9 (híbridos x aplicações de piraclostrobina), com 4 repetições. As aplicações foram realizadas em diferentes combinações de fungicidas: presença ou ausência de piraclostrobina + tiofanato metílico + fipronil (100 g i.a.100 kg semente-1) no tratamento de sementes (V0) combinado com a aplicação de piraclostrobina (150 g i.a.ha-1) antes ou após a adubação de cobertura (V4 ou V6) combinado ou não com a aplicação de piraclostrobina + ciproconazole (137,25 g i.a.ha-1) em pré-pendoamento (VT) e uma testemunha (sem uso de piraclostrobina). Foram avaliados: atividade da enzima redutase do nitrato, índice de clorofila, altura de plantas, altura de inserção de espiga, diâmetro de colmo, porcentagem de folhas senescentes, severidade de Puccinia polysora Underw, massa de mil grãos, densidade e produtividade de grãos. Submeteram-se os dados ao teste F para verificação de significância; e para comparação de médias utilizou-se o teste de Tukey, ambos a 5% de probabilidade. Para a maioria dos caracteres avaliados observou-se diferença entre híbridos. Não foi observado efeito das aplicações de piraclostrobina e interação entre os fatores em questão. Conclui-se que não há efeito benéfico ou deletério da aplicação de piraclostrobina em diferentes épocas e combinações de aplicação sobre os dois híbridos simples de milho cultivados na safra de verão.

Aplicação de piraclostrobina em genótipos de milho cultivados em segunda safra

“…Esse fato não foi observado no presente estudo, com o uso da associação piraclostrobina + epoxiconazol. Semelhante ao encontrado por Schumacher et al (2017) em que a aplicação de piraclostrobina em hídridos de milho não afetou a porcentagem de folhas senescentes.…”

“…Os fungicidas triazóis, carbendazim e os antiobióticos oxitetraciclina e kasugamicina apresentaram baixa eficiência no controle da doença. Schumacher et al, (2017) não observaram efeitos benéficos ou deletérios do uso de piraclostrobina (estrobilurina) aplicada em diferentes épocas e combinações de aplicação sobre dois híbridos simples de milho cultivados na safra de verão em condições de baixa severidade de mancha branca e ferrugem polissora. Brito et al (2008) ao avaliarem a severidade de mancha de cercospora em diferentes híbridos de milho cultivados em duas épocas de semeadura, observaram que os híbridos classificados como mediamente suscetíveis e mediamente resistentes mudaram de comportamento em relação a doença, em função da época em que foram semeados, fato que ocorreu com os genótipos Variedade AL Bandeirante e Híbrido 2, para mancha branca no presente trabalho.…”

“…Conforme Venâncio et al (2003), a maximização da eficiência fotossintética ocasionada pela aplicação de piraclostrobina tem efeito direto na translocação dos fotoassimilados para a formação de grãos e outros fatores de rendimento, no entanto, no presente trabalho não foi observado alterações nos componentes de produção ocasionadas pelas aplicações de piraclostrobina.…”

“…Além do controle eficiente de doenças foliares os fungicidas do grupo das estrobilurinas são conhecidos por estimular um melhor desempenho fisiológico de plantas, promovendo uma maior atividade da enzima nitrato redutase, além de maior assimilação líquida de CO 2 e eficiência de carboxilação (AMARO et al, 2018). Esses efeitos são observados em parâmetros que tem inteira relação com o aumento de produtividade, como por exemplo, prolongamento do efeito verdejante, aumento no teor de clorofila, melhora na assimilação de nitrogênio (evidenciada pela atividade da enzima redutase do nitrato), aumento na taxa fotossintética e alterações em hormônios vegetais, como etileno (KÖEHLE et al, 2002;VENÂNCIO et al, 2003;COSTA et al, 2012a;AMARO et al, 2018).…”