Abstract:Este artigo objetiva conhecer as ferramentas e a resolutividade do cuidado com mulheres que vivem com câncer de mama. Optou-se pela abordagem qualitativa de caráter exploratório e utilizou-se como técnica para a produção dos dados a entrevista semiestruturada, que teve a participação de 11 mulheres, e a amostra foi definida por saturação das respostas. A pesquisa foi realizada em um centro de referência estadual em oncologia. Para a interpretação dos dados, a análise de conteúdo foi escolhida. No que tange à r… Show more
“…A essência da humanização está no ato de cuidar, que pode ser entendida como uma atitude que deve estar presente em todos os diferentes momentos do trabalho de um serviço de saúde, não se restringindo apenas a um espaço acolhedor, a um componente do fluxograma assistencial, ou apenas a um profissional da equipe, mas, como uma tecnologia que busca solucionar as necessidades de saúde dos pacientes. Dessa forma, um diagnóstico confiável depende principalmente do olhar atento do profissional de saúde e do acolhimento de natureza interprofissional e intersetorial (Souza et al, 2021a;Quintana, Marinho & Souza, 2020;Souza et al, 2021b). Diante desta realidade, os entrevistados abaixo relatam que, [...] O atendimento lá foi ótimo.…”
Section: O Encontro E a Intersubjetividade Na Produção De Diagnósticounclassified
Objetivo: Mapear os caminhos trilhados para a produção do diagnóstico sobre a ótica de uma produção subjetiva do cuidar. Metodologia: A pesquisa é de natureza qualitativa e foi utilizada a entrevista semiestruturada como ferramenta de produção de dados aplicada em Unidades de Saúde da Família um Hospital Geral em uma capital do nordeste brasileiro. Foram entrevistados 23 participantes, entre usuários e profissionais de saúde e a análise de conteúdo foi a escolhida para a produção dos dados. Resultados: A rede de cuidados ainda é fragmentada apresentando barreiras de acesso significativas que dificultam o diagnóstico e isso produz consequências na vida dos usuários e o reconhecimento do encontro e os seus efeitos no cuidado como algo potente a ser explorado e podem contribuir de forma eficaz na produção do diagnóstico. Considerações finais: A produção do diagnóstico enfrenta desafios ela dificuldade do acesso e a dimensão subjetiva se revela como uma estratégia a ser valorizada para o cuidado em saúde ser integral.
“…A essência da humanização está no ato de cuidar, que pode ser entendida como uma atitude que deve estar presente em todos os diferentes momentos do trabalho de um serviço de saúde, não se restringindo apenas a um espaço acolhedor, a um componente do fluxograma assistencial, ou apenas a um profissional da equipe, mas, como uma tecnologia que busca solucionar as necessidades de saúde dos pacientes. Dessa forma, um diagnóstico confiável depende principalmente do olhar atento do profissional de saúde e do acolhimento de natureza interprofissional e intersetorial (Souza et al, 2021a;Quintana, Marinho & Souza, 2020;Souza et al, 2021b). Diante desta realidade, os entrevistados abaixo relatam que, [...] O atendimento lá foi ótimo.…”
Section: O Encontro E a Intersubjetividade Na Produção De Diagnósticounclassified
Objetivo: Mapear os caminhos trilhados para a produção do diagnóstico sobre a ótica de uma produção subjetiva do cuidar. Metodologia: A pesquisa é de natureza qualitativa e foi utilizada a entrevista semiestruturada como ferramenta de produção de dados aplicada em Unidades de Saúde da Família um Hospital Geral em uma capital do nordeste brasileiro. Foram entrevistados 23 participantes, entre usuários e profissionais de saúde e a análise de conteúdo foi a escolhida para a produção dos dados. Resultados: A rede de cuidados ainda é fragmentada apresentando barreiras de acesso significativas que dificultam o diagnóstico e isso produz consequências na vida dos usuários e o reconhecimento do encontro e os seus efeitos no cuidado como algo potente a ser explorado e podem contribuir de forma eficaz na produção do diagnóstico. Considerações finais: A produção do diagnóstico enfrenta desafios ela dificuldade do acesso e a dimensão subjetiva se revela como uma estratégia a ser valorizada para o cuidado em saúde ser integral.
“…Dentro do cenário exposto, cabe reflexão no tocante ao acesso aos serviços de saúde e suas barreiras. Uma em especial merece destaque na correlação entre a efetividade da rede formal e o emergir das redes vivas: a barreira funcional; esta trata-se da dificuldade da resolutividade das unidades de saúde, dos embaraços e bloqueios nos agendamentos de consultas ou procedimentos, e da quantidade de serviços ofertados suficientes para atendimento das demandas trazidas pelos usuários (Souza, Borges et al, 2021;. Tais aspectos revelam desigualdades sociais, além de reproduzirem uma óptica pré-concebida e já instalada acerca do sistema de saúde brasileiro ser pouco resolutivo e para pessoas com menores condições econômicas (Souza, Borges et al, 2021;.…”
Section: As Barreiras Funcionaisunclassified
“…Uma em especial merece destaque na correlação entre a efetividade da rede formal e o emergir das redes vivas: a barreira funcional; esta trata-se da dificuldade da resolutividade das unidades de saúde, dos embaraços e bloqueios nos agendamentos de consultas ou procedimentos, e da quantidade de serviços ofertados suficientes para atendimento das demandas trazidas pelos usuários (Souza, Borges et al, 2021;. Tais aspectos revelam desigualdades sociais, além de reproduzirem uma óptica pré-concebida e já instalada acerca do sistema de saúde brasileiro ser pouco resolutivo e para pessoas com menores condições econômicas (Souza, Borges et al, 2021;. Por detrás disso, o racismo estrutural tende a emergir, de forma que mulheres negras com câncer de mama tornam--se vítimas da necropolítica por não usufruírem de um cuidado integral e humanizado, resultante da negligência crônica e sintomática de sua saúde (Souza, Borges et al, 2021; No entanto, vale salientar que essa resposta resolutiva não se restringe única e exclusivamente à cura da doença em si, pois engloba o alívio ou a minimização do sofrimento, a promoção e a manutenção da saúde (Merhy et al, 2016).…”
Section: As Barreiras Funcionaisunclassified
“…Há ainda que ressaltar que essas experiências devem ser pautadas em linhas de cuidado existentes para as usuárias, as quais apresentam em sua constituição uma fragmentação estrutural, que proporciona às mulheres, na prática, na tentativa de resolução da enfermidade, uma vivência por meio de barreiras que restringem o acesso aos serviços de saúde de diversas naturezas, no qual se torna necessário a edificação de espaços de cuidado com tessituras horizontalizadas. Após vencer esses desafios, na efetivação do cuidado, há que se afirmar o quão potente pode ser o encontro entre as usuárias e os trabalhadores de saúde, sendo esse capaz de proporcionar relações intersubjetivas, humanizadas, resolutivas e integrais (Santos et al, 2021;Souza, Borges et al, 2021;.…”
OBJETIVO: Analisar a experiência da enfermidade da mulher com câncer de mama e os caminhos percorridos em busca da saúde. MÉTODO: A abordagem qualitativa e exploratória foi utilizada com a escolha do Estudo de Caso. As informações apreendidas foram analisadas, ordenadas e classificadas em categorias empíricas e articuladas aos referenciais teóricos. RESULTADOS: Observou-se que os caminhos em busca da saúde podem ser antagônicos a uma rede de atenção hierarquizada e sistematizada. Barreiras funcionais se mostraram presentes, ao desnudar as dificuldades encontradas pela usuária na resolutividade. Evidenciou-se que o cuidado interprofissional e o uso das tecnologias leves podem ser ferramentas potentes para o cuidado integral. CONCLUSÃO: O estudo aponta que o caminho em busca do cuidado integral pode ser arraigado por teias, que envolvem os sujeitos e suas escolhas dentro ou fora do sistema e das redes de atenção à saúde.
“…É f undamental que se estabeleça uma formação em saúde que apreenda ações que contr ibuam para trabalhadores de saúde ant ir rac istas. Que fer ramentas baseadas nas tecnologias leves 28 como escuta qualif icada, diálogo hor izontalizado, acolhimento e produção de v ínculos estejam nas prát icas cot idianas desses trabalhadores, pr inc ipalmente com relação a mulheres com câncer de mama, e, neste caso, as negras, pel as histór ias de v ida ar raigadas de preconceitos e discr iminação.…”
Objetivou-se analisar a percepção sobre o racismo estrutural de mulheres que vivem com câncer de mama e o impacto na produção do cuidado em saúde em um Centro de Referência Estadual no Nordeste do Brasil. Pesquisa qualitativa e exploratória realizada em um Centro de Referência Estadual de Atenção Oncológica. Uma técnica de produção de dados realizada foi uma entrevista semiestruturada e uma interpretação dos dados por meio da análise de conteúdo. As mulheres pesquisadas relatam dificuldade em reconhecer a presença do racismo e de visibilizá-lo em suas vidas, no entanto, percebe-se que o racismo está de forma estruturada na sociedade e que tem a branquitude de forma orgânica e alicerçada, o que potencializa as iniquidades sociais e suas consequências. Há uma dificuldade na visibilidade da branquitude e seus privilégios na sociedade e o quanto o racismo estrutural é uma face real e condicional à mulher negra com câncer de mama e impõe experiências de cuidado em saúde diferenciadas em sua qualidade e oferta.
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