“…É preciso também incluir como parte dessas experiências, organizações e movimentos que previamente interagiram com o Executivo na formulação de políticas públicas e que passam por reconfiguração de suas práticas. A revisão por parte dos movimentos sociais de seus repertórios de ação e interação com o sistema político se dá, de um lado, por um movimento, que precede o impeachment de Dilma Rousseff, de crítica aos resultados ou efeitos produzidos nessa interação com os governos petistas, como os casos dos movimentos feministas, negro, saúde e assistência social (Almeida, 2020;Almeida, Vieira, Kashiwakura, 2020;Rodrigues, C., Freitas, 2021) e, de outro lado, pelo fechamento de canais do Executivo no nível nacional aos movimentos e grupos que antes operavam em proximidade com a coalizão no poder. Sendo assim, defendo que a busca por "mover as estruturas por via da representação política" (Rodrigues, Freitas, 2021) não é privilégio dos "novos" movimentos ou coletivos, mas passa igualmente a ser acionado por movimentos já consolidados.…”