Reprovação Escolar E Aspectos Sociais E De Saúde: Estudo Transversal Com Adolescentes

Abstract

Como citar este artigo: Santos RM, Gomes NP, Mota RS, Gomes NP, Couto TM, Araújo GS. Reprovação escolar e aspectos sociais e de saúde: estudo transversal com adolescentes. Rev baiana enferm 2017;32:e21827.Objetivo: verificar associação entre reprovação escolar e variável sociodemográfica, sexual/reprodutiva e violência intrafamiliar em adolescentes da rede pública de ensino. Método: trata-se de uma pesquisa quantitativa, do tipo transversal. Para verificar associação entre variáveis dependentes e independentes, utilizou-se o programa Stata, cuja análise bivariada foi realizada pelo Teste Qui-quadrado de Pearson. Resultados: a análise dos dados permitiu identificar associação positiva e estatisticamente significante entre reprovação escolar e o fato de ter tido relação sexual. Embora sem significância estatística, o estudo também revelou associação entre vivência de violência psicológica e reprovação escolar. Verificou-se ainda que a problemática guarda relação positiva com as seguintes variáveis: raça negra, não praticar religião, trabalhar para contribuir com o sustento da família e gravidez. Conclusão: a reprovação escolar guarda associação com aspectos sociais e de saúde em adolescentes, a exemplo da iniciação sexual e da vivência de violência psicológica.

Violência emocional intrafamiliar contra crianças e adolescentes e suas repercussões

“…Além do exposto, a violência emocional pode interferir no desempenho escolar (Carneiro et al, 2017;Fry et al, 2016;Jiménez & Bernal, 2014;Magalhães et al, 2017;Mariño et al, 2009;Santos et al, 2018;Sherr et al, 2016). As chances de o bullying ocorrer aumentam conforme frequência e a gravidade da violência sofrida em casa (Lucas et al, 2016).…”

Influência do contexto familiar na vida escolar de alunos adolescentes do ensino fundamental / Influence of the family context on the school life of elementary teenager students

“…Portanto é importante ressaltar que uma família deve ser baseada nos laços afetivos criados pelos indivíduos pertencentes a esse grupo e que independentemente da configuração que essa apresente, ela deve ser um núcleo de apoio, um ambiente harmonioso e bem estruturado moralmente, visto que essa servirá como um espelho para o convívio em sociedade, construindo apoio na escola a partir do vínculo que essa entidade social produz na vida dos sujeitos. As pesquisas apontam que os adolescentes apresentam problemas de ordem comportamental, mental, emocional e físico, devido a somatização das violências sofridas, que se manifestam através de tristeza profunda, insegurança, vergonha, ansiedade, choros frequentes, distúrbio do sono, baixa autoestima, idealização suicida com comportamento de auto lesão, dificuldade de socialização, aprendizagem e abandono escolar (MOREIRA et al, 2016;SANTOS et al, 2018;MAGALHÃES et al, 2020). Portanto, é possível dizer que a família é um importante fator no processo de desenvolvimento do aluno, tanto nos aspectos cognitivos quanto nos sociais, e que quando essa participa ativamente da vida estudantil do adolescente é possível ver melhora significativa em todas as áreas.…”

Domestic Violence Experienced by Adolescents: The Discourse of Women Educators

“…[8][9][10][11] Such situations end up compromising school performance, situations of difficulty concentrating, dropping out and failing being common. [12][13] The physical and mental illness of children and adolescents, with clear and direct implications on the behavior in the school space, points to the need for education and health professionals to be prepared to recognize and deal with the situation. In this perspective, we highlight the Health at School Program (Programa Saúde na Escola, PSE), established in 2007, by Decree No.6,286, whose purpose is to articulate health actions in the field of education, since educators, due to their closer relationship with the students, are in a strategic position to recognize the problem.…”