Abstract:Representações sociais e território nas letras de funk proibido de facção Social representations and territory in proibido de facção funk lyrics Representaciones sociales y territorio em letras de funk proibido de facção
“…De modo geral, é possível constatar, nos estudos analisados, que a territorialidade se relaciona com a noção de grupo e de coletivo, uma vez que a territorialidade, embora possa ser considerada um comportamento de motivação individual (O'Brien, 2016), é mais evidente quando realizada pela ação coletiva de grupos, especificamente no contexto urbano (Carvajal-Capacho, 2018). A territorialidade também está associada com a identidade de lugar, a identidade social urbana, a construção de identidade e o apego ao lugar (Rodriguez et al, 2011;Roks, 2019). Além disso, relaciona-se ainda com a possibilidade de saúde e bem-estar (Cuchtin, 2007), inclusive se considerarmos a dimensão dos estilos de vida arraigados em territórios existenciais e seus impactos nas condições de saúde (Rodríguez-Mancilla & Grondona-Opazo, 2018).…”
Section: Discussionunclassified
“…Para mostrar em que medida a modificação ambiental reduz a realização de determinados crimes, o conceito de territorialidade é definido como ações realizadas por grupo ou por uma pessoa para defesa de um determinado espaço a partir da demarcação de fronteiras físicas ou simbólicas (Céspedes, Vargas Espinosa, Avendaño Prieto, Rincón, & Ospino, 2018). Em um estudo sobre a relação das territorialidades com o tráfico de drogas, o conceito foi apresentado como expressão espacial de poder, a partir da relação do uso e domínio do território, com a apropriação de espaços físicos e simbólicos úteis para reforçar identidades, delimitar fronteiras e legitimar o uso da força para a coação (Rodriguez, Ferreira, & Arruda, 2011).…”
Grande parte da população mundial vive atualmente nas cidades, sendo a territorialidade um modo de compreensão contemporâneo da constituição desses espaços de vida. Esse estudo teve como objetivo compreender de que modo o conceito de territorialidade tem se relacionado com os estudos sobre a relação pessoa-ambiente no contexto urbano. A pesquisa propõe uma revisão integrativa utilizando bases nacionais como Scielo e Pepsic, e internacionais, como Web of Science, Sage Journal e Science Direct. As buscas resultaram em 219 artigos e, após seleção conforme os critérios de elegibilidade, obtiveram-se 21 artigos completos para análise. Os resultados indicaram um aumento da produção nos últimos anos, com temas relacionados a aspectos psicossociais, planejamento urbano, criminalidade e segurança, aspectos culturais e religiosos, saúde, educação. Destacou-se o entendimento da territorialidade atrelado aos contextos urbanos a partir de aspectos físicos e simbólicos do uso, ocupação e transformação dos espaços. A territorialidade, tomada como um conceito interdisciplinar, permite dialogar com a psicologia ambiental e com a psicologia existencialista, sustentando a importância dos territórios na dimensão social da existência.
“…De modo geral, é possível constatar, nos estudos analisados, que a territorialidade se relaciona com a noção de grupo e de coletivo, uma vez que a territorialidade, embora possa ser considerada um comportamento de motivação individual (O'Brien, 2016), é mais evidente quando realizada pela ação coletiva de grupos, especificamente no contexto urbano (Carvajal-Capacho, 2018). A territorialidade também está associada com a identidade de lugar, a identidade social urbana, a construção de identidade e o apego ao lugar (Rodriguez et al, 2011;Roks, 2019). Além disso, relaciona-se ainda com a possibilidade de saúde e bem-estar (Cuchtin, 2007), inclusive se considerarmos a dimensão dos estilos de vida arraigados em territórios existenciais e seus impactos nas condições de saúde (Rodríguez-Mancilla & Grondona-Opazo, 2018).…”
Section: Discussionunclassified
“…Para mostrar em que medida a modificação ambiental reduz a realização de determinados crimes, o conceito de territorialidade é definido como ações realizadas por grupo ou por uma pessoa para defesa de um determinado espaço a partir da demarcação de fronteiras físicas ou simbólicas (Céspedes, Vargas Espinosa, Avendaño Prieto, Rincón, & Ospino, 2018). Em um estudo sobre a relação das territorialidades com o tráfico de drogas, o conceito foi apresentado como expressão espacial de poder, a partir da relação do uso e domínio do território, com a apropriação de espaços físicos e simbólicos úteis para reforçar identidades, delimitar fronteiras e legitimar o uso da força para a coação (Rodriguez, Ferreira, & Arruda, 2011).…”
Grande parte da população mundial vive atualmente nas cidades, sendo a territorialidade um modo de compreensão contemporâneo da constituição desses espaços de vida. Esse estudo teve como objetivo compreender de que modo o conceito de territorialidade tem se relacionado com os estudos sobre a relação pessoa-ambiente no contexto urbano. A pesquisa propõe uma revisão integrativa utilizando bases nacionais como Scielo e Pepsic, e internacionais, como Web of Science, Sage Journal e Science Direct. As buscas resultaram em 219 artigos e, após seleção conforme os critérios de elegibilidade, obtiveram-se 21 artigos completos para análise. Os resultados indicaram um aumento da produção nos últimos anos, com temas relacionados a aspectos psicossociais, planejamento urbano, criminalidade e segurança, aspectos culturais e religiosos, saúde, educação. Destacou-se o entendimento da territorialidade atrelado aos contextos urbanos a partir de aspectos físicos e simbólicos do uso, ocupação e transformação dos espaços. A territorialidade, tomada como um conceito interdisciplinar, permite dialogar com a psicologia ambiental e com a psicologia existencialista, sustentando a importância dos territórios na dimensão social da existência.
“…A study (17) analyzed 50 funks songs of specific factions and identified seven categories of central themes in these songs: external conflicts of faction (again, conflicts of police with other factions), norms of behavior, affirmation of faction identity, affirmation of warrior identity, consumption and demonstration of power, use of drugs, and difficulties faced in criminal life. These are not simple songs because there are group structures that impose norms existing in parallel to the current official legal order.…”
Section: Adolescent Offenders and Social Use Of Substancesmentioning
This study examined some basic health care approaches toward human needs, with a particular focus on nursing. We aimed to incorporate these approaches into the discussion of the mental health of adolescent offenders who consume alcohol. We discuss specific needs of the delinquent group, critique policies that prioritize coercion of adolescent offenders, and the role that nurses could play in the sphere of juvenile delinquency.
Resumo: Este artigo busca contribuir para embarcar no tema fronteiras "visíveis" e deslocamentos forçados. Realiza-se um ensaio à luz da Análise Discursiva como ferramenta analítica, por meio, e na articulação, de três elementos principais de estudo: a) as expressões das pichações; b) a manifestação de funks; c) a utilização do suporte de estudo bibliográfico. A partir desse exercício de articulação, busca-se entender a formação discursiva que possibilita o resgate de debates teóricos. Os sentidos vinculados às condições de produção voltam-se às facções no Rio de Janeiro, que utilizam diferentes elementos em meio à disputa do domínio territorial/econômico. É debatida a questão do “pichador do tráfico”, concomitante à manifestação de funks, e o reforço do pré-construído em torno de hábitos e costumes que fundamentam ideários que permeiam situações de poder. Tem-se aí a produção de fronteiras “visíveis” e, como possível resultado, a produção de deslocamentos forçados de forma coercitiva, se os sujeitos não “aderem” à demarcação inscrita no campo do poder. As contradições irremediáveis à sociabilidade capitalista conduzem a uma relação de objetividade que é expressa em produções de experiências atreladas às violências. Percebe-se a facção como um grupo com “status” empresarial que possui uma estrutura simbólica e normativa atrelada à violência.
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