Representações sociais de mulheres frente à escolha da via de parto

Abstract

Objetivo: Conhecer as representações sociais de mulheres em relação à escolha da via de parto. Metodologia: Estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa, embasado no referencial teórico das representações sociais. A pesquisa foi realizada em uma maternidade de risco habitual, através de entrevista com 20 puérperas. Os dados coletados foram transcritos na íntegra e organizados manualmente. Para discussão dos resultados, utilizou-se a Teoria das Representações Sociais segundo Moscovici. Resultados: Emergiram, após a análise de conteúdo segundo Bardin, três categorias temáticas: informação para a escolha da via de parto, idealização do parto, e autonomia da mulher na escolha da via de parto. Conclusão: percebeu-se que a percepção e efetivação da autonomia feminina no cenário obstétrico ainda não representam uma realidade predominante nos serviços de saúde pública quando se trata de escolha da via de parto. No entanto, é o respeito à autonomia da mulher na gestação, parto e nascimento que a faz sentir-se socialmente representada como protagonista nesse processo.

Misinformation in childbirth and online exchanges: support among generational peers

“…In private systems, elective cesarean sections are the main form of childbirth. Nonetheless, in both public and private care, the right to information is frequently not respected, and women's autonomy is not encouraged (Rocha & Ferreira, 2020;Vieira et al, 2020). Furthermore, the system promotes a class issue, disseminating the ideal in which access to technology guarantees social prestige, leading many women who do not have access to private care to desire a cesarean section as a consumer good (Russo, 2019).…”

Parto e perinatalidade: O papel do psicólogo hospitalar nesse contexto

“…A experiência do parto assume na vida da parturiente um potencial transformador, que se vivenciado em sua plenitude, pode inaugurar diversos marcos: entre ser filho(a) e tornar-se mãe, entre o bebê idealizado e o real, entre as expectativas geradas e a realidade vivida Vendrúscolo e Kruel (2016). Essa experiência passou por transformações importantes no decorrer do tempo; a gravidez, o parto e o nascimento que antes eram eventos que aconteciam no seio familiar com o suporte de pessoas que estavam ligadas à família, passou a ser um acontecimento hospitalar, conduzido através de suporte tecnológico, cirúrgico e com auxílio de médicos, enfermeiros e medicamentos de suporte (Souza, Gaíva & Modes, 2011;Vieira et al, 2020). Isso posto, devido às crescentes transformações, a parturiente foi transformando-se em um sujeito que tem pouca autonomia e poder de decisão no que tange à maneira como o seu parto será conduzido e em virtude disso, o Ministério da Saúde preconiza o movimento de humanização do parto que visa, sobretudo, a prestação do serviço de assistência humanizada à parturiente, composto por uma série de ferramentas que visam o seu empoderamento antes, durante e depois do parto (Vendrúscolo & Kruel, 2016).…”