Representações Sociais De Estudantes De Biologia Sobre as Futuras Atividades Profissionais

Abstract

RESUMO: O presente artigo investiga as Representações Sociais, teoria proposta por Serge Moscovici, de 190 estudantes de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Maria entre os anos de 2016 e 2018 sobre as futuras profissões: professor e biólogo. Por meio de questionários obtivemos informações sobre o perfil dos estudantes deste curso, assim como suas representações das atividades profissionais. Reunimos 332 palavras diferentes que ajudam a caracterizar a identidade profissional dos acadêmicos a partir dos termos indutores “professor é” e “biólogo é”. Ao serem questionados sobre biólogo as respostas orbitam em torno da palavra pesquisador, curioso, amor e importante. Enquanto as respostas para professor centraram-se em educador, ensinar e essencial. Os resultados encontrados contribuem com estudos de formação de professores/biólogos e com reformas e adaptações curriculares dos cursos de Ciências Biológicas.

O papel do biólogo na sociedade

“…O século XXI tem sido caracterizado por inúmeras pressões sociais e éticas, que transcenderam as fronteiras do conhecimento biológico, promovendo interfaces que exigem contribuições mais amplas do biólogo para abordar questões atuais (ANTIQUEIRA, 2018;TORRES;TOLENTINO-NETO, 2022). A importância do papel desse profissional ficou ainda mais evidente com a pandemia da Covid-19, em que se verificou a necessidade de conscientizar e formar cidadãos críticos na sociedade (KRÜTZMANN; TOLENTINO-NETO, 2019).…”

“…A importância da Divulgação Científica (DC) também se enquadra nesse contexto, que pode ser definida como sendo a utilização de processos e recursos técnicos, midiáticos ou educacionais para promover a comunicação de informações científicas e tecnológicas ao público em geral (ANTIQUEIRA, 2018). Diante disto, caberia ao biólogo a tarefa de traduzir as notas técnicas para uma linguagem acessível ao grande público, de modo a atingir parcelas heterogêneas da sociedade (KRÜTZMANN; TOLENTINO-NETO, 2019;PAGANOTTI et al, 2022).…”