A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) é uma condição que causa a obstrução das artérias periféricas, especialmente dos membros inferiores, reduzindo o fluxo sanguíneo para as extremidades. O conhecimento dos fatores de risco, como diabetes mellitus, idade avançada e tabagismo, é essencial para o diagnóstico preciso e o tratamento adequado. Estima-se que a DAOP afete 20% da população acima de 65 anos e que 1% seja diagnosticada, o que indica uma subestimação dos casos; os mais afetados são homens entre 55 e 74 anos e mulheres entre 65 e 74 anos. Na maioria dos casos, a DAOP se desenvolve de forma assintomática, contribuindo para o atraso e complicação no diagnóstico precoce. Ademais, a fisiopatologia envolve distúrbios hemodinâmicos, como redução da carga hemática, redução da perfusão muscular e dano de fibras musculares; a formação de trombos também contribui para a estenose e obstrução das artérias. Os principais sintomas da DAOP são claudicação intermitente e cãibras nos membros inferiores, geralmente em resposta ao exercício físico. Outrossim, o diagnóstico é baseado na suspeita clínica, fatores de risco e sintomas e sinais presentes; a gravidade da doença é estabelecida por escalas, como a de Rutherford e Fontaine, pois influenciam no prognóstico e tratamento. A DAOP aumenta o risco de eventos cardiovasculares graves, como infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular encefálico (AVE) e morte cardiovascular. Nesse sentido, o tratamento é baseado em mudanças no estilo de vida, como dieta e atividade física, cessação do tabagismo e terapia farmacológica, além de procedimentos cirúrgicos indicados para casos mais graves.