“…Não temos espaço neste texto para trabalhar algo que restou da banca de defesa da dissertação, isto é, a pergunta (ou o anseio) por um discurso "desde o sul" -ou, de modo ainda mais particular, "do Brasil" -que faça uma crítica epistemológica das teorias da secularização produzidas pela intelectualidade nos países do Norte ocidental. Ainda assim, registramos que a dica para um possível caminho já foi dada pelo próprio Silva (2016;, ao retratar em suas pesquisas que o único autor brasileiro mencionado nas teses e dissertações a tratar da secularização no Brasil é Rubem Alves, citado em seis das pesquisas elencadas pelo autor (ao lado de Max Weber, não é pouca coisa, dentre os autores mais citados). Mas é de causar algum incômodo o fato de que a única obra de Rubem Alves, nas seis pesquisas mencionadas, tenha sido o livro (bastante introdutório) "O que é religião", no qual "ele conceitua a religião como uma construção simbólica criada a partir do desejo, da busca de sentido humano" (SILVA, 2016, p. 41-42).…”