Relação entre o consumo de drogas psicoativas e COVID-19

Abstract

Este artigo buscou identificar na literatura científica atual a relação entre o consumo de drogas psicoativas e a COVID-19, através da síntese de evidências. Foi realizado através da busca na literatura não sistematizada por artigos que relacionavam drogas psicoativas e COVID-19, sem recorte temporal. Os resultados apontaram que o consumo de drogas psicoativas pode aumentar as chances do desenvolvimento dos sintomas mais graves da COVID-19. É necessário reconhecer que os pacientes dependentes químicos fazem parte de uma população vulnerável. A equipe de saúde precisa estar atenta às comorbidades que os pacientes da COVID-19 possuem, sendo imperativo investigar o uso de drogas.

Análise do comportamento de acadêmicos de Odontologia em tempos de pandemia do novo coronavírus a partir das imagens do Instagram

“…Sabe-se que o consumo de bebidas alcoólicas é um hábito cultural brasileiro e que o isolamento social, ao mesmo tempo que pode colaborar para a redução do consumo, pode também fomentar situações capazes de aumentá-lo (Barbosa et al, 2020;Jesus et al, 2017).…”

“…O consumo de bebidas alcoólicas impacta de forma diferente em cada pessoa, sabe-se que, de uma maneira geral, este hábito pode ocasionar diversas complicações imunológicas, tornando os consumidores mais propícios a infecções, devido à inibição dos quimiotáxicos atrativos de leucócitos e perda parcial da capacidade das respostas imunitárias, aumento de infecções e aumentando a predisposição a diabetes, hipertensão, gastrite e osteoporose. Por fragilizar o sistema imune, além de ocasionar agravos diretos a vários órgãos, o consumo de bebidas alcoólicas pode aumentar as chances do desenvolvimento dos sintomas mais graves da COVID-19 (Barbosa et al, 2020;Garcia e Sanchez, 2020;Jesus et al, 2017).…”

Consumo de álcool por estudantes universitários durante a pandemia da COVID-19

“…Adicionalmente, pessoas com transtorno de uso de álcool apresentam maior risco de contrair a COVID-19, tanto pela acentuada debilidade do sistema imunológico, quanto pela maior chance de se colocarem em situação de rua ou de cárcere, prejudicando a sua capacidade de combater o vírus (WHO, 2020b). Além disso, o maior consumo de álcool pode aumentar a suscetibilidade à pneumonia comunitária, por alterar o equilíbrio do tecido pulmonar, sendo a pneumonia também uma das principais complicações da COVID-19 (Barbosa et al, 2020). É importante ter a compreensão de que as consequências do uso de álcool também afetam a sociedade, de formas direta e indireta, potencializando os custos em hospitais e outros dispositivos dos sistemas de saúde, judiciário e previdenciário, perda de produtividade do trabalho, desemprego, entre outros (Fão et al, 2022).…”

Interações significativas de homens alcoolistas em tempos de pandemia da COVID-19

“…A compreensão de que a atitude de cuidado dos familiares aos alcoolistas pode se configurar como uma relação de codependência foi especialmente identificada a partir da situação de um participante deste estudo que é idoso e, portanto, se encontra na faixa etária que faz parte do grupo de risco para a COVID-19. A família exerceu a função de cuidar do alcoolista, mas identificou-se, na fala do participante, o descontentamento com a perda da independência e autonomia que estava sendo construída anteriormente à pandemia, situação que pode acarretar instabilidade nas relações estabelecidas 25 .…”