2010
DOI: 10.1590/s1414-32832010000100009
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Reforma psiquiátrica, trabalhadores de saúde mental e a "parceria" da família: o discurso do distanciamento

Abstract: Este estudo analisou o discurso de trabalhadores de saúde mental sobre a participação da família no tratamento. O corpus foi composto por entrevistas aplicadas a 17 dos 25 profissionais que trabalham em um serviço substitutivo de uma cidade da região Sul do Brasil. O referencial teórico-filosófico foi a Análise Crítica do Discurso. O dispositivo metodológico que subsidiou a sistematização dos dados foi o "diagrama axiológico-discursivo". Verificou-se que os trabalhadores manifestam a importância da família no … Show more

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“…A participação das famílias prevê um protagonismo que apenas pode ser construído com a valorização das subjetividades, com flexibilidade, participação horizontal e diversidade de diálogos (Pinho et al, 2010;Souza & Scatena, 2005 (Desviat, 2011;Tavares, 2006 Entretanto, a literatura nos mostra que esse cuidado é algo ainda não inserido de maneira intrínseca nos serviços, que respondem à demanda legal, muitas vezes, de maneira burocratizada, pelo mero oferecimento de espaços específicos para a participação da família.…”
Section: Da Mente Individual àS Práticas Discursivas: O Convite Constunclassified
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“…A participação das famílias prevê um protagonismo que apenas pode ser construído com a valorização das subjetividades, com flexibilidade, participação horizontal e diversidade de diálogos (Pinho et al, 2010;Souza & Scatena, 2005 (Desviat, 2011;Tavares, 2006 Entretanto, a literatura nos mostra que esse cuidado é algo ainda não inserido de maneira intrínseca nos serviços, que respondem à demanda legal, muitas vezes, de maneira burocratizada, pelo mero oferecimento de espaços específicos para a participação da família.…”
Section: Da Mente Individual àS Práticas Discursivas: O Convite Constunclassified
“…Além disso, nos convidam a considerar que falar sobre família desta ou daquela forma se configura na delimitação das possibilidades de sua existência (Guanaes & Mattos, 2011;Martins, 2013;Menezes & Guanaes-Lorenzi, 2016). Com isso, esses estudos ressaltam as potencialidades de uma postura aberta às diferentes possibilidades de significação do que é família e das relações ditas familiares, nos permitindo compreender seu funcionamento na realidade situada de cada arranjo relacional, bem como contribuir para a construção de modos de vida mais satisfatórios para as pessoas envolvidas.Num movimento semelhante, mas especificamente na busca pela potencialidade do uso do conceito de família como aporte para as políticas públicas, Lancetti afirma que não se trata de "defender um tipo de vida familiar moralista ou burguesa, mas ativar A partir disso, as/os autoras/es têm se debruçado sobre a questão da participação da família nos processos de cuidado, destacando sua importância e suas dificuldades.Elas/es chamam a atenção para a diferença entre o que é preconizado pela literatura e o que de fato acontece nos serviços de saúde em termos de cuidado à família (Cavalheri, 2010;Colvero et al, 2004;Melman, 2001;Mielke, Kohlrausch, Olschowsky, & Schneider, 2010;Pinho, Hernández, & Kantorski, 2010;Souza & Scatena, 2005;Waidman & Elsen, 2008).Alguns estudos apontam que, a depender do modo como a família é incluída no processo de tratamento, as mudanças propostas pela Reforma Psiquiátrica podem significar, ao invés de empoderamento e inclusão social, o sentimento de abandono e desamparo. Em outras palavras, quando a família não é cuidada de maneira adequada, a Reforma pode ser significada como apenas a "devolução" da/o doente a ela (Colvero et al, 2004;Mello, 2005;Randemark et al, 2004;Vianna et al, 2009 Além disso, destacam as/os autoras/es, as/os trabalhadoras/es não questionam sua própria responsabilidade na construção da coparticipação da família no tratamento, não esclarecendo a mesma sobre a importância dessa parceria ou negociando as formas de sua participação.…”
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