Abstract:Ao Andrés Aguirre Antúnez, meu orientador e guia ético e respeitoso dessa trajetória, pela presença dedicada em todas as etapas. Muito obrigada mesmo! À Margarida Mamede e Gilberto Safra, pelas preciosas contribuições no momento de exame de qualificação. Ao Kleber, pela companhia ao longo destes últimos anos e por me ajudar a acreditar que seria possível realizar esta empreitada. Aos Joãos, Tatianas, Maurícios com quem nos encontramos pelas ruas da cidade, pelos encontros e desencontros durante estes anos de t… Show more
“…Às vezes, fica difícil conseguirmos nos furtar a não pensarmos e preocuparmo-nos com eles 24 horas por dia, quando nos sentimos invadidos, desorientados, abismados, desamparados, des-esperados, permeáveis às solicitações gritantes dos acompanhados que interrompem nosso sono, nossa paz de espírito, nosso próprio devir: urgência e emergência psíquico-existencial (Ramos & Majolo, 2012;Costa & Poli, 2010;Chévez, 2012;Werneck Filho, 2010). Quando o sofrimento de um paciente grave ressoa em nós como urgência (Cruz, 2011), vemo-nos fazendo intervenções de emergência nas madrugadas, finais de semana, feriados etc.…”
Section: Desproteção Insegurança Medounclassified
“…E é justamente por meio da espera vivida que os ats descrevem caminhos para a sustentação e atravessamento da segunda categoria de IpVs: as vivências de impotência, desesperança e não saber. Cotidianamente, os ats somos convocados a tolerar a frustração e depararmo-nos com a impotência (Ramos & Majolo, 2012). Esperar, assim, que algo significativo se manifeste ao longo dos acompanhamentos -ainda que de forma descontínua, considerando a constante falta de "avanço" sentida por nós em relação a muitos casos graves -possibilita estarmos abertos a possíveis, imprevisíveis e capitais vivências de surpresa (Berger, 1997).…”
Section: Das Estratégias De Sustentação E Atravessamento Dos Ipvsunclassified
“…Vários ats, de diferentes abordagens teóricas, falam sobre isso (Lazzarotto et al, 2013;Porto, 2013, Barretto, 2012Safra, 2012;Silva & Silveira, 2013;Ramos & Majolo, 2012;Werneck Filho, 2010), o que, a meu ver, constitui o próprio fundamento do método fenomenológico: deixar fora, o quanto seja possível, o que se tenha ouvido e lido e as composições de lugar que o próprio sujeito se faz para, da melhor maneira possível, aproximar-se às coisas com um olhar livre de preconceitos e beber da intuição imediata. (STEIN, 2002, p. 33) Uma ilustração emblemática desta necessidade de suspensão dos saberes prévios na lida com os IpVs manifestos pelo não saber e pela impotência vivida traz-nos Mazarina (1997), quem relata que, dentro de uma equipe multiprofissional de atendimento, os profissionais de nível médio traziam bem menos angústias relacionadas à convivência com pacientes psiquiátricos do que os técnicos de nível superior, que se perguntavam, a todo tempo, o que fazer com eles em espaços de convivência.…”
Section: Das Estratégias De Sustentação E Atravessamento Dos Ipvsunclassified
“…Às vezes, fica difícil conseguirmos nos furtar a não pensarmos e preocuparmo-nos com eles 24 horas por dia, quando nos sentimos invadidos, desorientados, abismados, desamparados, des-esperados, permeáveis às solicitações gritantes dos acompanhados que interrompem nosso sono, nossa paz de espírito, nosso próprio devir: urgência e emergência psíquico-existencial (Ramos & Majolo, 2012;Costa & Poli, 2010;Chévez, 2012;Werneck Filho, 2010). Quando o sofrimento de um paciente grave ressoa em nós como urgência (Cruz, 2011), vemo-nos fazendo intervenções de emergência nas madrugadas, finais de semana, feriados etc.…”
Section: Desproteção Insegurança Medounclassified
“…E é justamente por meio da espera vivida que os ats descrevem caminhos para a sustentação e atravessamento da segunda categoria de IpVs: as vivências de impotência, desesperança e não saber. Cotidianamente, os ats somos convocados a tolerar a frustração e depararmo-nos com a impotência (Ramos & Majolo, 2012). Esperar, assim, que algo significativo se manifeste ao longo dos acompanhamentos -ainda que de forma descontínua, considerando a constante falta de "avanço" sentida por nós em relação a muitos casos graves -possibilita estarmos abertos a possíveis, imprevisíveis e capitais vivências de surpresa (Berger, 1997).…”
Section: Das Estratégias De Sustentação E Atravessamento Dos Ipvsunclassified
“…Vários ats, de diferentes abordagens teóricas, falam sobre isso (Lazzarotto et al, 2013;Porto, 2013, Barretto, 2012Safra, 2012;Silva & Silveira, 2013;Ramos & Majolo, 2012;Werneck Filho, 2010), o que, a meu ver, constitui o próprio fundamento do método fenomenológico: deixar fora, o quanto seja possível, o que se tenha ouvido e lido e as composições de lugar que o próprio sujeito se faz para, da melhor maneira possível, aproximar-se às coisas com um olhar livre de preconceitos e beber da intuição imediata. (STEIN, 2002, p. 33) Uma ilustração emblemática desta necessidade de suspensão dos saberes prévios na lida com os IpVs manifestos pelo não saber e pela impotência vivida traz-nos Mazarina (1997), quem relata que, dentro de uma equipe multiprofissional de atendimento, os profissionais de nível médio traziam bem menos angústias relacionadas à convivência com pacientes psiquiátricos do que os técnicos de nível superior, que se perguntavam, a todo tempo, o que fazer com eles em espaços de convivência.…”
Section: Das Estratégias De Sustentação E Atravessamento Dos Ipvsunclassified
A intoxicação exógena é resultado dos efeitos nocivos da interação de uma substância química com o organismo. É considerada um problema de saúde pública, pois aumenta a morbidade e a mortalidade. O objetivo desse estudo foi caracterizar o perfil epidemiológico das intoxicações exógenas na cidade de Juiz de Fora - MG. Foi realizado um estudo retrospectivo, transversal e descritivo com dados oriundos de registros de casos ocorridos entre 1º de janeiro de 2013 a 1º de janeiro de 2014. As informações utilizadas foram consultadas em prontuários médicos e resultados de exames toxicológicos, sendo as variáveis contínuas descritas por média e desvio padrão. A associação entre sexo, faixa etária e tipo de intoxicação foi analisada por teste de Qui-quadrado, nível de significância 5%. Foram incluídos 154 prontuários. A idade média foi de 25 anos, com prevalência do sexo masculino (57%) e a letalidade de 4%. Os medicamentos constituíram as principais causas de intoxicações (42%). Em menores de 5 anos e em mulheres as medicações predominaram dentre as formas de intoxicações (p<0.01). Os resultados sugeriram que o perfil epidemiológico das intoxicações exógenas foi semelhante ao padrão nacional. Os dados avaliados indicaram que as intoxicações foram predominantemente para o sexo masculino e por meio de benzodiazepínicos, sendo a idade média de 25 anos dos indivíduos acometidos. As subnotificações e dados incompletos em prontuários dificultaram a avaliação completa acerca do assunto.
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