A alfabetização científica é amplamente discutida no âmbito da educação em ciências, sendo considerada elemento fundamental para a leitura do mundo e, portanto, busca-se metodologias para sua promoção. Observando a realidade do ensino básico do Brasil, a disciplina de Química geralmente é inserida no último ano do ensino fundamental, e muitas vezes a sua introdução é dificultada pela visão limitada dos estudantes em relação aos seus conteúdos. A alfabetização científica no âmbito da química deve ser promovida nesta etapa. Diferentes estratégias podem ser empregadas, inclusive o uso de espaços não formais de ensino, os quais podem proporcionar uma experiência aos estudantes em atividades externas ao ambiente escolar. No estudo em questão, teve-se por objetivo avaliar o potencial de atividades de ensino em diferentes espaços não formais para a promoção da alfabetização científica com estudantes do nono ano do ensino fundamental. Para isso, foram encaminhadas 3 atividades não formais de ensino de química: visita a museu de ciências, experimentação caseira do indicador de pH com repolho roxo e oficina Show da Química. Os dados da pesquisa foram coletados a partir de questionários aos alunos e também em registros de observações feitas pelo pesquisador. Os dados foram analisados com apoio dos indicadores de alfabetização científica propostos por Marandino et al. (2018) de maneira que foi possível avaliar o potencial das atividades para a promoção da alfabetização científica dos estudantes. Observou-se que as atividades realizadas não contemplaram todos os atributos analisados, porém, o conjunto de atividades e variações nas formas de abordagem podem atingir de maneira mais satisfatória os objetivos da alfabetização científica.