No século XXI, a lavoura canavieira começou a se expandir fortemente no território nacional. Este novo ciclo expansionista passa a ser marcado pela intensa mecanização dos processos de produção canavieira. Tal contexto acaba por gerar alterações no mercado de trabalho. Por conta disso, este artigo pretende analisar, regionalmente, a relação entre o avanço da mecanização, a ampliação das áreas cultivadas, as variações de rendimentos do trabalho e o total de empregos gerados nesta atividade. A abordagem quantitativa foi predominante na realização da investigação. O recorte temporal estabelecido se deu entre os anos de 2008 e 2018. O levantamento dos dados foi realizado em bases oficiais e em órgãos representativos do setor canavieiro. Para empreender as análises, recorreu-se ao coeficiente de correlação de Pearson a partir da segmentação em dois blocos: um primeiro formado pela região Norte-Nordeste e um segundo formado pela região Centro-Sul. Os resultados apontam para a existência, com graus variados de força, de correlações positivas ou negativas entre as variáveis analisadas. Contudo, os resultados demonstram a existência de movimentos distintos e antagônicos entre as regiões produtoras. Tal ocorrência nos permite identificar que a cultura canavieira e seus desdobramentos, neste novo ciclo, intensificaram as assimetrias existentes entre as regiões produtoras no tocante ao mercado de trabalho.