Reflexões Sobre a Função e as Contribuições da Experimentação no Ensino de Ciências

Abstract

<p>Esta investigação teve como intuito abordar o tema da experimentação e seu locus no ensino de Ciências, principalmente no que diz respeito à aprendizagem no ensino de Ciências. O estudo analisou a produção de pesquisadores sobre a experimentação, procurando identificar e compreender aspectos e perspectivas que têm sido destacados nas pesquisas, observando os desafios, dificuldades, superações e os ganhos de trabalhar com atividades experimentais no ensino. A pesquisa analisou um conjunto representativo de 46 artigos publicados em quatro periódicos com estrato Qualis/Capes A1 e A2, durante o período de 1996 a 2014. A análise da realização das aulas experimentais quanto ao ambiente, foi dividida em três categorias: laboratórios didáticos, laboratórios remotos e locais diversos. A pesquisa identificou que as práticas experimentais apresentam maior tendência de ser realizada em laboratórios didáticos e que as publicações sobre a prática experimental nas aulas de Ciências não seguem um padrão contínuo, ou seja, há variações, em termos quantitativos, de ano para ano. Outro dado identificado foi que a maioria dos trabalhos está vinculada a pesquisas realizadas no ensino médio e analisa a experimentação com base em referenciais de<br />aprendizagem.</p>

Estudo da queda livre em aulas de Física do Ensino Médio a partir de um marcador de tempo e da História da Ciência

“…Ao longo dos últimos sessenta anos, as pesquisas em Ensino de Ciências constataram a importância da realização das atividades experimentais para o processo de ensino e de aprendizagem de conceitos científicos. Muitos desses trabalhos já apontaram, também, as enormes e múltiplas dificuldades que os professores encontram para implementarem essa prática pedagógica em aulas da Educação Básica (GONZALES et al, 2015;OLIVEIRA, 2010;KRASILCHIK, 2005;CAPECCHI;CARVALHO;SILVA, 2002). Também por isso, o ensino de Física praticado na maioria das escolas brasileiras costuma ser descrito como desinteressante, sem contexto e baseado na passividade excessiva do aluno.…”